Brasil

Pescador foi atacado por onça e usou faca para matar o animal, obtendo 1.118 pontos

O pescador e criador de conteúdo do Mato Grosso do Sul, Anderson Guedes, utilizou as redes sociais para relatar a história do ataque de onça que sofreu há 16 anos. Anderson, em vídeo publicado no Instagram, expressa sua tristeza pelo fato de Jorge Avalo, de 60 anos, não ter sobrevivido ao ataque. Jorge faleceu em 22 de abril, no rancho Touro Morto (MS).

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Anderson afirmou ao Metrópoles que o ataque ocorreu há 16 anos, iniciando-se quando ele se sentou em um barranco à beira de um rio, utilizando uma faca com coração de boi e uma vara de bambu para tentar capturar uma isca.

Anderson relata: “Estava sentado ali, imóvel, quando surgiu um silêncio na mata, os pássaros cessaram de cantar. De repente, os macaquinhos começaram a pular, correndo entre as árvores e senti um odor leve de carne, acompanhado de passos leves. Ao mesmo tempo, observei uma onça, eriçada como um gato em busca de um passarinho, em posição de ataque.”

O pescador relata que tentou se desviar, porém não obteve sucesso. “Tentei me virar para me jogar do barranco, mas não deu tempo. Ela deu dois pulos e já me mordeu na cabeça. Nisso, eu enfiei a mão dentro da boca dela. No início, ela mordia e foi aquele desespero, me arranhando e me mordendo. E aí, em aproximadamente 30 segundos daquela agonia, percebi que já não tinha como escapar e pular na água.”

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Ao perceber, a cobra já havia mordido minha mão, eu nem sabia como estava, por conta da adrenalina, o que dificulta a percepção. Ela consumiu quase todos os dois dedos, e os do meio foram arrancados em grande parte. Quando mordeu minha cabeça, puxou meu couro cabeludo, no momento em que puxou, rasgou até perto da orelha.

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Anderson Guedes afirmou ter conseguido escapar ao perceber a faca ao seu lado e se defender. Relatou que tentava inserir a mão na faca, buscando passar entre as costelas, porém não conseguiu com facilidade, momento em que a faca penetrou no maxilar.

Anderson relata: “Durante 15 a 20 segundos, senti o desespero de tentar escapar. Ao ser mordida na mão e na cabeça, o sentimento se transformou em luta, raiva e comecei a bater até uma faca entrar quase inteira. Quando a onça cambaleou, abriu a boca cheia de sangue, olhou para mim, me largou e fugiu.”

O pescador afirma que, ao ouvir o ruído na mata, seu coração respondia: “Você está vivo”. Ao perceber que ela realmente havia partido, ele compreendeu o quanto estava ferido, chegando a acreditar que havia perdido a visão.

Amigos o socorreram prontamente, transportando-o até a residência do produtor rural. “Ao chegarem, a esposa do sitiante já correu com cobertores e aplicou curativos com o que encontraram para conter o sangramento, o colocaram no carro e fomos ao hospital público daqui.”

O Dr. Lima instruiu: “Cheguem todos que saibam suturar, vamos precisar fazer juntos”. Apliquei 1.118 pontos no corpo todo, tanto externos quanto internos.

Fonte: Metrópoles

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