Homens demonstram maior propensão a se apaixonar em comparação com as mulheres, conforme revelado por um estudo da Universidade Nacional Australiana, divulgado na edição de março da revista Biology of Sex Differences.
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O estudo revelou que o sentimento geralmente inicia-se, em média, um mês antes em homens em comparação com mulheres.
O estudo utilizou questionários com 808 participantes de 33 países (predominantemente europeus), com idades entre 18 e 25 anos e que se autodeclaravam como “pessoas apaixonadas”. Todos estavam em seus primeiros dois anos de relacionamento.
A pesquisa indica que homens e mulheres necessitam de um vínculo afetivo para se sentirem apaixonados. Em média, ambos levam um mês de convivência para estabelecer o relacionamento.
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Os homens relatam já estarem apaixonados nesse estágio. Para as mulheres, a consciência desse sentimento surge um mês após o início do namoro. De acordo com a pesquisa, 39% dos relacionamentos iniciam-se antes que um dos parceiros se sinta apaixonado.
Os dados foram coletados através de questionários sobre o número de experiências amorosas, o tempo até o surgimento do sentimento, a intensidade, a obsessão e o comprometimento.
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Este é o primeiro estudo a investigar diferenças entre mulheres e homens que vivenciam o amor romântico, utilizando uma amostra transcultural relativamente grande. É a primeira evidência convincente de que mulheres e homens diferem em alguns aspectos do amor romântico”, afirmou o bióAdam Bode, autor principal da pesquisa, em comunicado à imprensa.
Mulheres demonstram maior intensidade nos sentimentos.
Os dados indicaram que os homens se apaixonam com maior frequência e rapidez. Contudo, quando o sentimento se consolida, as mulheres exibem níveis de intensidade emocional mais elevados e um maior direcionamento ao parceiro.
Mulheres demonstraram maior fixação pelos parceiros, com pensamentos mais frequentes sobre a pessoa envolvida, em comparação com os homens. Além disso, apresentaram maior envolvimento emocional quando comparadas aos homens na mesma etapa do relacionamento.
A cultura também influencia
O estudo indica que elementos individuais e contextuais, incluindo normas culturais e desigualdade de gênero, impactam significativamente a intensidade do sentimento, o nível de obsessão e os níveis de entrega afetiva nos relacionamentos.
“Nosso estudo indica que indivíduos de países com maior igualdade de gênero experimentam menor intensidade de amor romântico, pensamento obsessivo e até mesmo comprometimento”, explicou Bode. Em contextos com maior equidade, homens e mulheres apresentaram respostas mais semelhantes.
Essas conclusões evidenciam que o amor é tanto uma experiência individual quanto um fenômeno influenciado por estruturas sociais e culturais, com elementos que transcendem as características individuais.
As origens evolutivas ao se apaixonar
Além da cultura e do sexo biológico, pressões evolutivas e ambientais são consideradas fundamentais para compreender os padrões distintos entre homens e mulheres. As descobertas são analisadas à luz da teoria da seleção sexual.
Estudos indicam que dificuldades vivenciadas por homens e mulheres ao longo da evolução histórica podem ter influenciado as diferenças nos padrões de amor romântico.
Os homens no estudo, em geral, apaixonam-se um mês antes do que as mulheres, o que pode ser devido ao fato de serem mais frequentemente solicitados a demonstrar compromisso para conquistar uma parceira, ao contrário das mulheres.
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Fonte: Metrópoles