Descoberta Revolucionária na Compreensão do Câncer de Mama
Um estudo inovador, conduzido por pesquisadores brasileiros, revelou uma complexidade surpreendente na proteína HER2, fundamental no tratamento de alguns tipos de câncer de mama. A pesquisa identificou 90 variações distintas da proteína, um número significativamente maior do que os 13 previamente conhecidos, o que pode explicar por que muitos pacientes não respondem às terapias convencionais.
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A Complexidade da Proteína HER2
A proteína HER2 desempenha um papel crucial no crescimento e na disseminação das células cancerosas. Quando produzida em excesso, como ocorre em certos tumores de mama, ela envia sinais que promovem o crescimento descontrolado da doença. A identificação de tantas variações da proteína demonstra a necessidade de uma abordagem mais personalizada no tratamento do câncer de mama.
Variações na Estrutura da Proteína
A equipe de pesquisa observou que algumas das variações da proteína HER2 apresentam estruturas e localizações diferentes nas células. Isso inclui novas áreas de ligação e, em alguns casos, a ausência de regiões que os anticorpos utilizam para reconhecer a proteína.
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Essa diversidade pode impedir que os medicamentos direcionados à forma padrão da proteína funcionem corretamente, reduzindo a eficácia do tratamento.
Impacto no Tratamento e Perspectivas Futuras
O estudo, com apoio da FAPESP, abre portas para o desenvolvimento de novas terapias mais específicas e de métodos de diagnóstico mais precisos. Os pesquisadores agora buscam entender como o padrão de expressão dessas variantes influencia o tratamento em pacientes que já receberam terapias anti-HER2.
Além disso, planejam expandir as análises para outros tipos de câncer, como o de pulmão, onde a proteína HER2 também pode estar envolvida.
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Sobre o Estudo
A pesquisa foi baseada na análise de 561 amostras de câncer de mama do The Cancer Genome Atlas (TCGA) e em linhagens celulares cultivadas em laboratório. Os resultados confirmaram que as variações da proteína HER2 podem afetar a resposta das células ao tratamento com medicamentos anti-HER2.
O estudo destaca a importância do splicing alternativo, um processo que cria diferentes versões de uma mesma proteína a partir de um único gene, e que já é associado a doenças genéticas e a vários tumores.
