A nomeação do novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sem consulta ao Ministério da Previdência Social incomodou a direção do PDT, partido do ministro Carlos Lupi.
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Na quarta-feira (30/4), o Palácio do Planalto comunicou que a designação de Gilberto Waller Júnior para a presidência do INSS é uma decisão do presidente e que a nomeação foi assinada pela ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior, sem a participação de Lupi.
Compreenda o caso divulgado pelo Metrópoles.
A decisão de adotar um novo nome para o ministro da Previdência, para integrantes do PDT, foi considerada inadequada e revelou falta de solidariedade por parte do presidente Lula, diante das críticas recebidas pelo ministro, tanto pela oposição quanto pela base governista.
O PDT ressalta que a seleção do presidente do INSS não é exclusiva do Ministério da Previdência, pois o nome é submetido a uma série de investigações pela Casa Civil, que avalia o histórico e o currículo do indicado.
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Lula comenta fraudes
O presidente Lula, em transmissão para rádio e televisão na quarta-feira, afirmou que o governo atuou para combater o esquema de fraude no INSS, destacando que as irregularidades iniciaram-se em 2019, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL).
O governo, por meio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, desmantelou um esquema criminoso de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas, que operava desde 2019. Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas.
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Na Câmara dos Deputados, Lupi afirmou que o governo está considerando a restituição aos aposentados e pensionistas dos valores descontados de maneira irregular, com a anuência do INSS. “Os bens de todas as associações [investigadas] estão bloqueados para quitar parte da dívida.”
O PDT é um dos partidos da base governista no Congresso Nacional, contendo 17 deputados federais e três senadores. O partido tem apoiado o governo petista, em razão de interesses parlamentares, porém, declaram que podem deixar a base caso Lula peça a renúncia de Carlos Lupi.
Fonte: Metrópoles