Petro chama à ação após rejeição do Senado colombiano a plebiscito sobre reforma trabalhista

O presidente de esquerda buscou expandir os direitos dos trabalhadores, porém sua proposta enfrentou o fracasso no Congresso. A estratégia atual é pressionar os parlamentares por meio de manifestações públicas.

15/05/2025 6h41

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A Câmara de Senadores da Colômbia rejeitou na quarta-feira, 14, a convocação de consulta pública proposta pelo presidente Gustavo Petro, visando que a população decida se aceita a reforma do sistema trabalhista, conforme o governo deseja.

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Petro convocou mobilizações “em escala nacional” para defender sua iniciativa algumas horas depois.

O primeiro presidente de esquerda na história da Colômbia, em rota de colisão com o Poder Legislativo, busca ampliar os direitos dos trabalhadores.

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Propôs-se um projeto de lei, porém o Congresso o rejeitou. Em seguida, iniciou-se, a partir de abril, uma consulta pública que envolve a apresentação de 12 questões com respostas de “Sim” ou “Não”.

A proposta necessitava da aprovação do Senado. Contudo, com 49 votos contrários e 47 votos favoráveis, os parlamentares revogaram a medida nesta quarta-feira para um dos principais projetos do governo.

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Em meio a gritos e empurrões, os legisladores denunciaram uma “fraude” na votação, afirmando que o presidente do Senado, Efraín Cepeda, interrompeu os trabalhos antes que todos os congressistas votassem.

O resultado inflamou os ânimos no Senado e Cepeda suspendeu a sessão.

O pleito popular não foi derrotado. Eles o destruíram com fraude.

O ministro do Interior, Armando Benedetti, informou que irá denunciar Cepeda à Procuradoria.

Não haja violência

Em um discurso à população na noite de quarta-feira, Petro convocou sindicatos e organizações sociais para uma mobilização “em escala nacional” em defesa de sua consulta.

“Este é o momento do povo”, declarou o mandatário em uma mensagem gravada na China, durante uma visita oficial.

A Petrobras ordenou aos policiais e militares que “não levantem uma única arma contra o povo” durante os protestos, ainda sem data definida.

Bloqueio institucional

O presidente já havia mobilizado manifestações no dia 1º de maio, quando um grande número de pessoas saiu às ruas para protestar contra o Legislativo.

O petrobras anunciou que há um “bloqueio institucional” para impedir suas propostas e alertou que, caso o processo eleitoral não obtenha a aprovação do Congresso, implementaria as mudanças por decreto.

A Confederação Brasileira de Trabalhadores da Saúde e as organizações indígenas criticaram a votação no Senado e convocaram suas bases para uma “mobilização em massa”, conforme antecipado por Jhoe Sauca, dirigente do Conselho Regional Indígena do Cauca (sudoeste).

O que a oposição diz

Apesar de terem revogado a consulta pública, os parlamentares aprovaram na quarta-feira a retomada da análise do projeto original de reforma trabalhista apresentado pelo governo em 2023.

A oposição alega que o presidente Petro tenta mobilizar eleitores de esquerda visando às eleições presidenciais de 2026, em que não poderá concorrer à reeleição, conforme a legislação.

(Com AFP)

Fonte: Carta Capital

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