A Saudi Aramco, companhia petrolífera da Arábia Saudita, apresentou uma redução de 22% no lucro líquido, alcançando US$ 22,7 bilhões (aproximadamente R$ 118 bilhões), conforme dados divulgados nesta terça-feira (5.ago.2025) na Bolsa de Valores do país.
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A empresa atribui a queda à redução nos preços do petróleo e ao aumento da dívida. A companhia já anunciou planos para cortar custos e vender ativos não essenciais, buscando manter a saúde financeira diante dos desafios do mercado.
A receita líquida ajustada, que exclui determinados itens incomuns, diminuiu 13,7%, atingindo US$ 24,5 bilhões (equivalente a R$ 127,4 bilhões), demonstrando o desempenho genuíno da empresa, sem impactos isolados.
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Os preços do petróleo despenciaram de US$ 85,7 (cerca de R$ 445,64) para US$ 66,7 (aproximadamente R$ 346,84) em relação ao mesmo período do ano anterior. O endividamento da empresa cresceu 6,5%, atingindo US$ 92,9 bilhões (cerca de R$ 483 bilhões), o que intensificou as dificuldades financeiras da companhia.
Apesar da redução nos lucros, a Aramco anunciou dividendos de US$ 21,3 bilhões (aproximadamente R$ 110,8 bilhões) no segundo trimestre, incluindo US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) condicionados ao desempenho.
Para 2025, as projeções de dividendos totais são de US$ 85,4 bilhões (aproximadamente R$ 444 bilhões), uma redução considerável em comparação com os US$ 124 bilhões (cerca de R$ 645 bilhões) distribuídos em 2024, devido à queda de 98% nos dividendos atrelados ao desempenho.
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O governo da Arábia Saudita, detentor de 97,5% da Aramco, depende significativamente desses dividendos para financiar iniciativas de diversificação econômica e atender a déficits orçamentários do país.
O diretor financeiro da Aramco, Ziad Al-Murshed, declarou que a empresa está buscando destinar capital de ativos de baixo retorno, como infraestrutura, para investir em projetos com maior retorno financeiro e estratégico.
A empresa avalia a venda de até 5 usinas de energia a gás, podendo arrecadar até US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 20,8 bilhões), e está prestes a fechar um acordo de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 52 bilhões) com um grupo liderado pela BlackRock, o que pode fortalecer suas reservas financeiras.
A Aramex é uma das principais fontes da economia saudita e o principal impulsionador do programa de reformas Vision 2030, do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que visa preparar o país para a era pós-petróleo, diversificando a economia e diminuindo sua dependência de recursos fósseis.
Fonte por: Poder 360