Petrobras enfrenta queda nas vendas de diesel devido à diminuição das importações russas

De acordo com informações da Petrobras, verificou-se uma retração de 1,8% no segundo trimestre de 2025, enquanto as importações apresentaram um aumento …

30/07/2025 8h48

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A Petrobras observou uma queda de 1,8% nas vendas internas de diesel, com um volume de 734 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2025, reduzindo-se para 721 mil barris por dia no segundo trimestre. A empresa atribuiu essa retração ao aumento das importações realizadas por terceiros, com origem predominantemente na Rússia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A diminuição ocorreu em paralelo com o crescimento de 229,7% nas importações, elevando-se de 37.000 barris por dia no mesmo período de 2024 para 122 mil barris diários. As informações constam no relatório trimestral de produção e vendas da empresa.

A Rússia ascendeu à principal fonte de diesel para o Brasil a partir de abril de 2023, ultrapassando os Estados Unidos, que antes detinham essa posição. Estatísticas do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) indicam que o país respondeu por mais de 60% das importações durante grande parte do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

LEIA TAMBÉM:

Especialistas atribuem o avanço do combustível russo ao efeito das sanções internacionais resultante da guerra na Ucrânia. Com a perda de mercados, a Rússia passou a oferecer preços mais baixos.

De acordo com Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), uma parcela desse petróleo chega ao Brasil de forma indireta, através de países que o refinam a partir do petróleo russo, como a Índia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Brasil, através dessa rota, passa a adquirir diesel russo. Assim, desde o início do conflito, a importação de diesel russo direto representa cerca de 60% do nosso consumo, afirmou Pires ao Poder360.

Ana Mandelli, diretora de downstream do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), afirmou que o fluxo de entrada do produto russo ocorreu antes do governo Lula. De acordo com ela, trata-se de um movimento natural do mercado devido à oferta e à demanda.

Observou que houve um aumento significativo do diesel russo em 2022, que pode ter atingido o auge no início de 2023, porém era um movimento que já vinha ocorrendo anteriormente.

Os Estados Unidos de Donald Trump (Partido Republicano) aplicaram uma tarifa de 50% nas importações brasileiras. Lula assinou um decreto que regulamenta uma retaliação ao movimento americano.

O republicano afirmou que, caso o Brasil eleve as tarifas de retaliação, haverá um aumento correspondente nos 50% informados.

A decisão da Casa Branca entrará em vigor em dois dias. Se não houver acordo e a guerra comercial se intensificar, a participação dos EUA no mercado de diesel no Brasil diminuirá ainda mais, o que favorecerá a expansão dos russos no país.

Fonte por: Poder 360

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.