Em assembleias, a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/26 foi rejeitada por ampla maioria, enquanto a categoria aprovou o estado de greve, conforme comunicou a Federação Única dos Trabalhadores (FUP). A decisão reflete a insatisfação dos trabalhadores com a abordagem da empresa, que busca reduzir custos em detrimento dos direitos da categoria, especialmente dos petroleiros.
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Reuniões e Solicitações
A FUP comunicou formalmente à Petrobras e suas subsidiárias – Transpetro, Petrobars Biocombustíveis (PBio), Araucária Nitrogenados (Ansa), Termobahia e Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) – a necessidade de retomar imediatamente as negociações.
A entidade agendou uma nova reunião para terça-feira (11), onde espera que a direção da Petrobras apresente respostas sobre o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e as mudanças unilaterais nas jornadas de trabalho de médicos e odontologistas, consideradas violações ao processo de negociação coletiva.
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Eixos da Campanha Reivindicatória
Nas assembleias, os petroleiros reforçaram seus principais eixos de campanha. A primeira é a busca por uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) do fundo de pensão Petros. Além disso, a categoria reivindica a distribuição justa da riqueza gerada por seus membros e se opõe às privatizações e ao novo modelo de negócios da empresa, incluindo parcerias com empresas privadas e a contratação de terceirização em atividades nas Fábricas de Fertilizantes (Fafens) e na PBio.
A FUP também ressalta a importância da recomposição dos efetivos e da convocação dos cadastros de reserva de concursos públicos, temas diretamente ligados à saúde e segurança no trabalho e à transição energética justa e participativa. A entidade destaca a necessidade de garantir um ambiente de trabalho seguro e promover uma transição energética que considere os interesses dos trabalhadores.
Quitação da PLR 2019
As assembleias também aprovaram a quitação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente aos três primeiros meses de 2019, período ainda coberto pelo ACT vigente na época. Essa decisão representa uma importante conquista para a categoria, garantindo o recebimento de valores devidos.
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A FUP enfatiza que o ACT, construído em conjunto com a entidade, assegurou valor igual para todos os trabalhadores do Sistema Petrobras, representando uma conquista de solidariedade e unidade da categoria, após anos de cobranças das entidades sindicais.
