Piloto de avião é demitido por deixar serviço para permanecer em camarote de Carnaval

Ex-PM, apelidado de “Demolidor”, declara: “Não roubei, não matei, e me consideram lixo”.

16/05/2025 7h35

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Militar de São Paulo desligou o soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, conhecido como “Demolidor”, nesta quarta-feira (14), após 19 anos de serviço. A decisão ocorreu devido ao abandono do posto de serviço durante uma operação de Carnaval em 2022, quando o agente permaneceu em um camarote no Sambódromo do Anhembi.

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A demissão foi motivada por “cometimento de atos atentatórios à Instituição e ao Estado”, configurando transgressão disciplinar de natureza grave, conforme previsto no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (Lei Complementar 893/01).

Na noite de quinta-feira (15), o ex-policial militar, com mais de 145 mil seguidores nas redes sociais, comentou sobre sua demissão, afirmando ser vítima de injustiça e perseguição por conta de sua “muita personalidade” e por defender seus direitos, incluindo o de possuir tatuagens, sobretudo no rosto.

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Coutinho relatou que ingressou no camarote para utilizar o banheiro, com permissão, e permaneceu no local por aproximadamente uma hora e quarenta minutos devido a encontros com o público que o identificou.

“Eu não fui lá para estar aproveitando, entrei para ir ao banheiro, pois tinha autorização para isso”, declarou Coutinho, contestando as acusações de que teria infringido a missão de policiamento preventivo.

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Ele afirma ter dedicado atenção às pessoas que o reconheceram, cumprindo as orientações da PM, e que sua permanência no camarote para atender os fãs colocou o grupo em evidência.

O ex-soldado também contestou a afirmação de que teria entrado no camarote sem autorização, alegando que o tenente responsável pela operação e o sargento tinham conhecimento de sua ida ao banheiro.

Coutinho manifestou sua indignação diante da decisão, alegando que sua situação se comparava à de outros policiais que, em sua visão, praticaram atos mais graves e não foram desligados da corporação. “Eu não roubei, não tomei dinheiro de ninguém, não me envolvi em esquema de propina, não matei colega dentro do quartel, não abusei de criança e eu não tenho condição moral para continuar na PM?”, desabafou.

Após seu relato, declarou-se “muito triste” e com o “coração destruído” por ter sido desligado da Polícia Militar, instituição que ele afirmava amar. Em um momento de grande emoção, Coutinho exibiu rachaduras em seus dedos, associando-as ao seu sofrimento emocional.

Ele também relatou que seus pertences da corporação foram entregues em sua casa dentro de um saco de lixo, o que ele interpretou como um sinal de que a PM o considera “lixo”, mesmo após trabalhar por 19 anos na instituição.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo

Fonte: CNN Brasil

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