Piloto de balão causa morte de 8 pessoas em Santa Catarina não possuía licença

A Anac afirma que o balão que caiu em Praia Grande não possuía licença de Piloto de Balão Livre; o balão não era certificado.

23/06/2025 23h57

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(Imagem de reprodução da internet).

Crescência, piloto do balão que caiu em Praia Grande (SC) no sábado (21.jun.2025), não possuía licença válida para voos comerciais, conforme a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O acidente causou a morte de 8 pessoas e deixou 13 feridos.

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O sistema da agência reguladora indica que Crescínio possui apenas o Certificado Médico Aeronáutico com validade até 26 de julho de 2026. Este documento representa uma avaliação de sua condição física e integra-se ao processo para a obtenção da habilitação completa exigida para voos comerciais, conforme reportado pelo jornal Folha de S. Paulo.

A Anac declarou, em nota ao Poder360, que Crescínio não possui licença de PBL (Piloto de Balão Livre). A agência também informou que o balão acidentado em 21 de junho em Praia Grande (SC) não era certificado.

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Para obter a licença de PBL, exigem-se:

A Anac declarou que, no Brasil, não existe nenhuma operação de balismo certificada para uso comercial. Voos de balão são permitidos unicamente como prática esportiva, sendo considerada de alto risco. É autorizado o transporte de passageiros neste tipo de atividade somente com o consentimento de que se trata de uma prática esportiva arriscada.

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O balão, operado pela Sobrevoar Serviços Turísticos, transportava 21 indivíduos. A empresa interrompeu suas atividades por tempo indeterminado.

O piloto declarou, em seu relato, que o incêndio teve origem no compartimento do cesto do balão, devido a um macacão reserva que se encontrava no veículo. Ele afirmou possuir aproximadamente três anos e meio de experiência e contar com mais de 700 horas de voo.

A Power360 tentou contatar Elves de Bem Crescência, porém não obteve sucesso em localizar um telefone ou e-mail válido para fornecer informações sobre o conteúdo desta reportagem. Este jornal digital continuará buscando contato com a defesa do piloto e este texto será atualizado caso haja alguma manifestação enviada a este jornal digital.

Leia a íntegra da nota enviada pela Anac.

A Anac reforça seu apoio aos familiares e amigos das vítimas do acidente com o balão tripulado de ar quente, que ocorreu no sábado, dia 21 de junho, em Praia Grande, Santa Catarina.

Antes do acidente, em 6 de junho, profissionais da regulação da Anac participaram em Praia Grande (SC) de duas reuniões distintas com representantes do setor turístico local, Sebrae, Ministério do Turismo e Prefeitura, para debater o potencial turístico do Geoparque, que abrange sete cidades da região onde o balonismo é uma atividade relevante.

A Anac destacou que já é possível operar voos certificados, contanto que a aeronave, o profissional e a empresa cumpram os requisitos regulamentares. Esses processos de certificação seguem padrões internacionais de segurança.

Atualmente, não existe operação certificada pela Anac envolvendo balões no Brasil. São permitidas operações com balões como prática esportiva. A prática esportiva de balonismo, assim como de outros esportes radicais, é considerada de alto risco devido à sua natureza e características, sendo realizada por conta e risco dos aerodesportistas. Uma pessoa só pode embarcar outra em balão livre tripulado se estiver ciente de que se trata de atividade desportiva de alto risco.

A prática de aerodesporto é regulamentada pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 103. As aeronaves utilizadas nessa modalidade não possuem certificação, sem que haja garantia de sua capacidade de voo. Além disso, não há emissão de licença técnica para a atividade, sendo o atleta responsável pela segurança da operação.

Foi constatado que o balão acidentado em Praia Grande (SC) no dia 21 de junho não era certificado. O piloto Elves de Bem Crescencio não possuía licença de Piloto de Balão Livre.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação Social da Anac.

Fonte por: Poder 360

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