Pochmann declara que o mapa-múndi invertido obteve “sucesso imediato”

O presidente do IBGE afirma que a versão do mapa provocou um debate sobre o Brasil na geopolítica e registrou grande demanda na biblioteca.

12/05/2025 22h37

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, declarou que a versão invertida do mapa-múndi divulgada pelo instituto obteve “sucesso instantâneo”. O mapa, publicado em seu perfil no X (ex-Twitter) na noite de 7.mai, posiciona o Brasil no centro com o sul voltado para cima.

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O presidente do IBGE declarou que a publicação provocou um debate imediato sobre a posição do Brasil na nova ordem geopolítica mundial, com destaque para o protagonismo do Sul Global. Pochmann também informou que houve grande procura pelo novo mapa no instituto.

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A publicação do novo mapa-mundi pelo IBGE obteve sucesso imediato, considerando o relevante debate aberto e solucionado sobre o Brasil frente à nova geopolítica global impulsionada pelo surgimento do Sul Global.

Compreenda.

Não se trata da primeira vez que o instituto modificou a apresentação do mapa-múndi. Em abril de 2024, o IBGE lançou uma versão em que o Brasil também aparecia no centro do mundo, sem que o mapa estivesse de ponta-cabeça.

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O documento era da 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar. Contudo, apresentava uma série de erros. Uma sequência trocava os mapas dos períodos Jurássico (que indicava ter ocorrido há 135 milhões de anos) e Cretáceo (65 milhões de anos), diferindo em 70 milhões de anos. Também continha informações incorretas sobre a idade, a duração dos períodos geológicos e a separação dos continentes no planeta. Na época, o IBGE identificou as falhas e divulgou uma retificação.

Consulte mais detalhes sobre os erros neste texto da Poder360.

Gestão do Pochmann no IBGE

Designado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pochmann assumiu o cargo em 18 de agosto de 2023. Ele já exerceu a presidência da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e do Instituto Lula. Também foi presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Com perspectiva econômica inovadora, o diretor do IBGE já criticou o Pix, as reformas trabalhista e previdenciária e propôs a diminuição da jornada de trabalho.

A gestão de Pochmann tem recebido críticas do AssIBGE (Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE), que o acusa de “autoritarismo”. Sua atuação no instituto também é criticada internamente por ter supostamente aparelhado o IBGE e realizado uma administração mais ideológica.

Os funcionários do instituto divulgaram, em janeiro, uma carta aberta na qual afirmam que a gestão “tem sido pautada por posturas autoritárias e desrespeito ao corpo técnico”.

Uma das reclamações refere-se à Fundação IBGE+, estabelecida em 2024. A entidade é uma fundação pública de direito privado, vinculada ao IBGE. Os funcionários do órgão a denominam de “IBGE paralelo”.

A fundação foi suspensa em 24 de janeiro pelo governo.

Pochmann compareceu, em 23 de abril, a uma audiência pública na CTFC (Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle) do Senado. Afirmou que o IBGE “não está em crise” e “vive um momento democrático”.

Ele afirmou: “A democracia possibilita a expressão das pessoas. Nós aprimoramos nossas formas de comunicação para alcançar um melhor desempenho em relação à gestão interna.”

Pochmann contestou que a criação da fundação IBGE+ tenha ocorrido de maneira secreta, conforme alegam os funcionários. Ele afirmou que a proposta emergiu no 1º Congresso Nacional dos Servidores do IBGE, que ocorreu em novembro de 2023.

O evento teve início após a formação de grupos de trabalho, totalizando nove. Um deles, o grupo número 1, abordou a questão do financiamento e como otimizar um orçamento tão limitado, conforme declarado.

O presidente do instituto afirmou que o IBGE enfrentou redução orçamentária e que os gastos com pessoal cresceram nos últimos anos. Ele argumentou que a criação da IBGE+ representaria uma das maneiras de aumentar o orçamento da instituição.

Fonte: Poder 360

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