Já imaginou tomar um remédio que garante os mesmos benefícios que a atividade física? Talvez isso nunca seja totalmente possível, mas testes em ratos de um novo tipo de droga têm demonstrado promessas nesse sentido. O medicamento provocou perda de peso e aumentou a atividade muscular nos animais.
O risco de depressão é reduzido com 20 minutos diários de atividade física
A obesidade em humanos pode ser combatida por substância presente em crustáceos.
Um remédio foi desenvolvido, o qual possibilita a perda de até 25% do peso do paciente, e sua eficácia se destaca como uma alternativa a ser considerada em substituição à cirurgia bariátrica.
Versões de esperança em ratos
O novo composto foi desenvolvido e testado pela universidade da Flórida, nos estados unidos.
Os exames confirmaram que ratos obesos tiveram perda de peso. Além disso, imitaram os ganhos dos exercícios físicos no organismo dos animais, incrementando o metabolismo.
Ainda, a droga aumentou a resistência, fazendo com que os ratos pudessem correr quase 50% a mais do que anteriormente.
Da Medical Xpress são as informações.
Atividade física é imitada por droga
A droga pertence a uma classe conhecida como “miméticos do exercício”, que fornecem alguns dos benefícios resultantes da prática de atividade física. O novo tratamento está em fase inicial de desenvolvimento, mas pode um dia ser testado em pessoas para tratar doenças como obesidade, diabetes e perda muscular relacionada à idade.
a pesquisa ocorre no momento em que medicamentos como o ozempic proporcionaram um avanço na redução do apetite, ajudando a tratar essas doenças metabólicas.
mas o novo medicamento, conhecido como SLU-PP-332, não influencia o apetite nem a ingestão de alimentos. tampouco induz os ratos a se exercitarem mais. em vez disso, o medicamento estimula uma via metabólica natural que normalmente é ativada pelo exercício. dessa forma, a droga faz com que o organismo se comporte como se estivesse treinando para uma maratona, resultando em maior gasto de energia e em um metabolismo mais rápido da gordura no corpo.
O músculo esquelético está basicamente sendo instruído a executar as mesmas alterações vistas durante o treinamento de resistência pelo dado composto. Durante o tratamento dos ratos com a medicamento, é notável que o metabolismo inteiro de seus organismo se altera para o uso de ácidos graxos, similar ao processo ocorrido em pessoas durante o jejum ou ginástica. Seguidamente, o animal começa a perder massa corporal.
A nova substância mira um conjunto de proteínas no organismo chamadas ERRs, responsáveis por estimular diversas vias metabólicas em tecidos que necessitam de energia, como músculos, coração e cérebro. Essas proteínas são mais ativas durante a prática de exercícios físicos, porém têm se revelado problemáticas de ativar com medicamentos.
Os pesquisadores administraram o remédio duas vezes ao dia e perceberam que os ratos obesos perderam, em média, 12% do peso corporal. No entanto, os animais continuaram ingerindo a mesma quantidade de comida e não se exercitaram mais do que o habitual.
O estudo ainda aponta indícios de que o composto pode tratar a insuficiência cardíaca, fortalecendo o músculo cardíaco. Até agora, a droga não gerou efeitos colaterais graves.
Os cientistas darão o próximo passo que será aprimorar a estrutura da droga, de preferência disponibilizando ela em forma de pílula ao invés de injeção. Posteriormente, será testada em mais modelos animais quanto aos efeitos colaterais antes de ser submetida aos testes em humanos.