Polícia acusa militar que matou vendedor em Rio de Janeiro; vídeo registra confronto e disparos

Pedro Henrique Morato Dantas, com 20 anos, preparava sua barraca para trabalhar e foi erroneamente identificado como um inimigo do policial.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O 3º sargento da PM foi indiciado por homicídio qualificado após matar um feirante, em abril, no Rio de Janeiro, na saída de uma boate na Penha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o policial Fernando Ribeiro Barbauna, que estava de folga, se envolveu em uma discussão na boate e teria confundido a vítima com o indivíduo conhecido como desafeto.

Vídeos de câmeras de segurança registraram o início da confusão, por volta das 4h30, dentro da boate. Nas imagens, a esposa do sargento aparece discutindo e gritando com um homem ainda não identificado, que é retirado do local por um segurança.

LEIA TAMBÉM!

O desacordo persiste na área externa do estabelecimento e nas proximidades de uma agência bancária, onde o indivíduo permanece por aproximadamente uma hora, aguardando a saída de Fernando, conversando com amigos.

Posteriormente, ao sair da boate com a esposa, o policial militar é abordado pelo mesmo indivíduo, que quebra um recipiente e se aproxima de forma dissimulada. Ele executa um golpe no pescoço do sargento, que responde com disparos. A fuga prossegue pela Rua Belisário Pena, onde se instalava uma feira. As imagens demonstram Fernando atirando repetidamente enquanto foge do agressor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após o incidente, o policial percorreu a Praça Panamericana de carro e retornou ao local. A investigação aponta que o agente confundiu o feirante com o agressor e disparou. Em seguida, o responsável pelos disparos e sua esposa foram detidos por policiais militares em serviço. Fernando Baraúna foi preso em flagrante.

Pedro Henrique Morato Dantas, com 20 anos, era filho de um feirante e residia na área da Estrada da Água Branca, Zona Oeste. Sua página no Instagram possuía mais de 13 mil seguidores. Ele trabalhava na Feira de Honório Gurgel, localizada na Praça Panamericana, no bairro da Penha.

Na época do crime, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação foi acionada e que um procedimento apuratório interno foi instaurado. A PM reforçou que não compacta com o cometimento de excessos e crimes realizados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.

O Inquérito da DHC foi enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que determinará se há ou não denúncia contra o 3º sargento. A CNN não conseguiu localizar a defesa do MP.

Fonte: CNN Brasil

Sair da versão mobile