Polícia apura homem suspeito de homicídio de estudante da USP

A Polícia Civil está conduzindo investigações para localizar e efetuar a prisão do único suspeito apontado pela morte da estudante da USP.

22/04/2025 17h27

4 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Civil deteve um suspeito envolvido no homicídio da estudante da Universidade de São Paulo (USP), Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, encontrada morta na última quinta-feira (17/4), na zona leste da capital paulista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta terça-feira (22/4). De acordo com o órgão, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está conduzindo investigações para localizar e efetuar a prisão do suspeito.

A diretora do departamento, Ivalda Aleixo, relatou que familiares, amigos e o ex-namorado de Bruna testemunharam, em um procedimento padrão da polícia. “Essas pessoas foram ouvidas antes do achamento do corpo, na fase da investigação de pessoa desaparecida, em que, por lei, somos obrigados a instaurar um procedimento de averiguação”, afirmou.

LEIA TAMBÉM:

A delegada informou que há sinais evidentes de violência no homicídio da estudante. Ela avaliou que se trata, no mínimo, de um homicídio e não se sabe ainda a motivação para considerar o caso como feminicídio. Sobre os suspeitos do ocorrido, ainda não há informações sobre nomes ou características físicas para serem divulgadas.

A diretora acrescentou que as imagens das câmeras de segurança da área podem auxiliar na investigação: “Assim como ela desaparece nas imagens, outras pessoas que caminhavam por perto também não aparecem mais. Cada uma pode ter ido para um lado, mas precisamos saber, pois houve uma rota de fuga, de onde o corpo foi encontrado para trás.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na quinta-feira passada (17/04), Bruna foi localizada nos fundos de um estacionamento, na Avenida Miguel Ignácio Curi, na região da Vila Carmosina, zona leste de São Paulo. A estudante de mestrado da USP estava desaparecida desde 13 de abril e fora vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Itaquera.

Manifestação

Alunos da USP Leste, responsáveis pelos cursos de arte, ciência e humanidades, realizarão um ato simbólico para exigir justiça e solicitarão maior seriedade nas investigações sobre o caso da Bruna.

As estudantes convocaram uma assembleia, que ocorrerá às 18h na terça-feira (22/4) no hall dos auditórios. O objetivo da reunião é planejar um ato a ser realizado na quinta-feira seguinte (24/4).

As estudantes relatam que a situação em que policiais militares encontraram o corpo da estudante e registraram como morte suspeita, sem apreensão de provas e dificultando as investigações do DHPP, não foi devidamente esclarecida.

O documento também indica que o caso da Bruna não é isolado e que as mulheres são violentadas cotidianamente. Além disso, o grupo afirmou que está articulando com coletivos feministas, movimentos sociais, parlamentares e movimentos estudantis para a manifestação.

Alunos solicitam medidas concretas que correspondam à realidade da população, que as políticas de apoio às mulheres sejam integradas com diferentes redes de apoio e que as câmeras de segurança sejam disponibilizadas: “A família, os estudantes, os professores, os funcionários e todos que tiveram contato com Bruna exigem justiça e resposta para este crime brutal e cruel”.

Aluna sumida.

O parceiro detalha a sequência de eventos.

Bruna retornou à residência de Igor Sales, seu namorado, localizada no Butantã, na zona oeste, no sábado. Posteriormente, encontrou-se com uma amiga e, na mesma noite, voltou à casa de Igor, apesar do conselho dele.

Eu havia solicitado que ela não viesse, pois precisava buscar o filho no domingo de manhã.

Bruna frequentemente precisava persuadir o ex-marido a cuidar do menino. No domingo, ela solicitou que o pai do filho a levasse na segunda-feira pela manhã, para passar mais tempo na residência do namorado.

O ex-marido não aceitou a alteração. Bruna, então, solicitou que ele conversasse com seu pai para agendar um encontro na estação de metrô, onde entregaria a criança.

Igor recordou: “Ela ficou comigo até 20h, até o limite, porque o pai dela tinha que ir trabalhar às 22h30, então, ela tinha que ir embora”. Ele afirma ter oferecido, como sempre fazia, levá-la de moto até em casa. Contudo, como havia chovido muito no Butantã, Bruna pediu apenas uma carona até a estação de metrô.

Igor relatou que a Bruna chegou à estação Itaquera por volta das 22h. Lá, percebeu ter perdido o ônibus que passava perto de sua casa e optou por caminhar. Igor solicitou que ela utilizasse um carro de aplicativo e efetuou a transferência do valor para que a jovem pagasse a corrida. Às 22h09, ela informou que estava carregando o celular em uma banca comercial e aguardaria até que o valor da viagem fosse reduzido pelo aplicativo. Às 22h19, ela enviou a mensagem: “Estou indo”.

Após dez minutos, enviei mensagem perguntando se tudo havia corrido bem, pois a estação é próxima da residência dela. Demorou pouco tempo para a resposta. A mensagem chegou, porém ela não respondeu. Iniciei ligações e não obtive retorno, relatou Igor.

Ele pensou que a namorada poderia estar sem energia em casa e, por estar sem bateria, teria ido dormir. Na madrugada, Igor acordou algumas vezes e verificou o celular, sem sucesso em contato com Bruna.

Fonte: Metrópoles

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.