A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve, na quinta-feira (3), dois indivíduos suspeitos de fazer parte de um esquema criminoso que fornecia armas e drogas ao Complexo do Alemão, na Zona Norte da capital.
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A ação faz parte da Operação Bella Ciao, coordenada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), contra uma organização formada por integrantes das facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
A investigação revelou que o grupo desviou mais de R$250 milhões através da venda de armas de grande calibre e tráfico de drogas. A organização operava de maneira organizada, empregando empresas fictícias, contas bancárias de terceiros e uma cadeia logística interestadual que ligava Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Até a última atualização, duas pessoas foram detidas.
Ana Lúcia Ferreira, detida em Taubaté (SP), atuava na intermediação e negociação de aquisições de drogas e armas provenientes de Ponta Porã (MS). Possuindo extensa rede de conexões no âmbito criminal, adquiriu conhecimento nas negociações através de vínculos prévios com integrantes do PCC.
Gustavo Miranda de Jesus, preso na Pavuna (RJ), é suspeito de administrar a movimentação financeira do esquema. Ele estaria responsável por lavar o dinheiro do tráfico por meio de empresas de fachada e eventos, para ocultar fluxos de capitais ilícitos.
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As investigações também indicam que Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, falecido no início de junho, coordenava toda a logística. Ex-chefe da Comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, ele articulava compras em larga escala de drogas e armamentos, e controlava o tráfico na região.
Adicionalmente, a operação obedece a 57 mandados de busca e apreensão em locais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Luiz Eduardo Grego, também conhecido como “Cocoã”, está foragido. Ele era o representante comercial do grupo e recebia treinamento de Ana para substituí-la em certas reuniões. Além disso, atuava como segurança pessoal do “Professor”.
Foram indiciados pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, comércio ilegal de armas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte por: CNN Brasil