A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve, na manhã de segunda-feira (16), Luiz Alberto Santos de Moura, de 41 anos, também conhecido como “Bob do Caju”, um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Caju, na zona norte da capital, e membro de destaque da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).

A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), com apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), sob a coordenação do delegado titular Fábio Asty e do delegado assistente Luiz Eduardo Moura no âmbito da Operação Torniquete.

A Polícia, após trabalho de inteligência e monitoramento, localizou e prendeu Bob do Caju sem resistência na comunidade Parque Alegria, uma das áreas mais controladas pelo tráfico no Caju, na zona portuária do Rio.

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Investigações em andamento indicam que ele coordenava uma rede complexa de roubos de carga, concentrada nas saídas do Complexo Portuário do Rio, próximo ao Complexo do Caju. As decisões sobre quais veículos seriam alvos, para onde as mercadorias seriam transportadas e a distribuição dos ganhos entre os membros da facção eram definidas por Bobo, atuando da comunidade.

A Polícia Civil identificou um “conselho criminoso” entre comunidades do Caju e da Maré, notadamente a Vila do João e Vila do Pinheiro, que operavam para facilitar a recepção e redistribuição de produtos roubados.

Com mais de 20 anotações e mais de 40 anos de condenações acumuladas, Bob do Caju é considerado um dos nomes mais perigosos do tráfico carioca. Ele já havia sido preso em 2017, também pela Polícia Civil, e havia deixado o sistema prisional há pouco mais de um ano.

Em 2017, foi identificado como um dos responsáveis por fomentar a guerra entre facções na Rocinha, ao fornecer apoio militar ao traficante Nem, em oposição ao avanço do Comando Vermelho, liderado por Rogério 157 na época.

O criminoso foi detido mais uma vez e permanece à disposição da Justiça. A Operação Torniquete, conforme a DRFC, prosseguirá com foco na repressão aos roubos de cargas e veículos, buscando diminuir os índices de criminalidade e enfraquecer financeiramente as organizações criminosas atuantes na capital fluminense.

Fonte por: CNN Brasil