Polícia impede novos protestos em resposta ao despejo da favela do Moinho, em São Paulo

Moradores, ativistas e parlamentares que acompanhavam a resistência à desocupação foram atingidos por bombas de gás lacrimogêneo lançadas em massa.

13/05/2025 20h11

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(Imagem de reprodução da internet).

A Favela do Moinho foi alvo de novas ocorrências de violência na tarde de terça-feira, 13, durante protestos contra a demolição de residências, após a intervenção da Polícia Militar.

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Vídeos da CartaCapital revelam que parlamentares dispararam balas de borracha, lançaram bombas de efeito moral e avançaram em formação tática com escudos para dispersar moradores, ativistas e autoridades.

As deputadas estaduais Ediane Maria e Paula Nunes, do PSOL-SP (Bancada Feminista), relataram o lançamento de bombas de efeito moral contra manifestantes e membros de suas equipes.

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Um morador foi atingido na cabeça por bala de borracha. A tensão aumentou após moradores impedirem funcionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) de entrar na área e, pela segunda vez, tentarem bloquear os trilhos da Linha 8 – Diamante, entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras, com entulho e pneus em chamas.

A Secretaria de Segurança Pública afirma que o efetivo da PM foi direcionado para “assegurar a segurança” dos servidores envolvidos na execução de ordens judiciais de desocupação e demolição, e que prendeu um homem que teria disparado objetos contra a equipe. A Moinho, última favela do centro de São Paulo, é fundamental para os planos do governador Tarcísio de Freitas de instalar a sede do Executivo na região e, no mesmo local, construir um parque.

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A CDHU busca que aproximadamente 800 famílias aceitem ofertas de crédito ou um auxílio-moradia de 800 reais até 2027, quando os conjuntos habitacionais estariam finalizados. No entanto, diversas famílias ainda se opõem, exigindo a suspensão imediata das demolições, a negociação “chave por chave” (que só é concluída com a entrega do imóvel prometido), a construção de habitação social no próprio Centro e um plano concreto para os dezenas de comércios que sustentam grande parte da comunidade.

Fonte: Carta Capital

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