Polícias civis de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina executam operação em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), nesta quinta-feira (22), para atender 155 mandados judiciais em quatro estados.
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A operação Broker Phantom visa capturar 77 indivíduos ligados a uma organização criminosa que pratica o golpe do falso intermediário, além de realizar lavagem de dinheiro.
A operação também restringe o acesso a 1.776 contas bancárias e apreende judicialmente R$ 613 mil nesses estados. Adicionalmente, existem 78 mandados de busca e apreensão contra os envolvidos.
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A polícia apurou que os criminosos fraudavam a compra de bens, como veículos e imóveis, e recebiam o valor como se fossem os compradores legítimos. Para isso, eles utilizavam contas falsas.
A investigação em Goiás conta com o apoio do Laboratório Cibernético da Diretoria de Operações do MJSP.
Esquema detalhado
O grupo operava em marketplaces digitais e é acusado de provocar perdas que ultrapassam R$ 1,8 milhão, afetando diversas vítimas em todo o país.
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Investigação aponta que os criminosos montavam perfis falsos em plataformas de comércio eletrônico, replicando anúncios de veículos usados, sobretudo. Disfarçados de intermediários, eles simulavam negócios entre vendedores e compradores, fazendo com que ambos acreditassem estar negociando diretamente. O dinheiro das transações era então direcionado para contas controladas pelos estelionatários.
O plano era altamente estruturado, com uma divisão distinta de funções entre aqueles que realizavam a engenharia social, manipulando as vítimas, e os operadores financeiros, responsáveis por abrir e movimentar contas bancárias de fachada.
As autoridades constataram que o grupo utilizou, ao longo do tempo, pelo menos 43 perfis falsos em marketplaces, publicando 144 anúncios enganosos, evidenciando a sofisticada natureza da organização criminosa.
O dano provocado não se limita às vítimas diretas, mas também às plataformas digitais e aos vendedores legítimos, que têm sua credibilidade comprometida pelo esquema. De acordo com os investigadores, compradores e vendedores são vítimas no funcionamento adotado pelo grupo.
Fonte: CNN Brasil