Polícia invade Emei em SP, critica atividade sobre Iansã e ameaça professores
Polícia invade escola infantil em SP após reclamação de pai; ativdade com Iansã causa polêmica. Reclamações e abaixo-assinado contra a ação da PM. Investigação aberta
Um incidente em uma escola infantil na Zona Oeste de São Paulo gerou grande preocupação e questionamentos. Um policial militar, acompanhado de outros agentes armados, invadiu a Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) após uma reclamação de um pai de aluna.
A alegação do pai, que também é militar, era sobre uma atividade pedagógica que abordava a cultura de matriz africana, especificamente um desenho do orixá Iansã feito pela própria filha como parte de um projeto baseado no livro “Ciranda em Aruanda”.
A situação causou constrangimento e medo entre funcionários, alunos e familiares.
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Reclamações e Ações Iniciais
Antes da chegada da polícia, o pai já havia demonstrado insatisfação, rasgando um mural com trabalhos das crianças. A direção da escola tentou dialogar com ele em uma reunião do Conselho Escolar, mas ele não compareceu e, em vez disso, acionou a Polícia Militar.
Os policiais presentes não faziam parte da equipe habitual da escola.
Relatos de Coerção e Classificação da Atividade
Uma funcionária da escola relatou ter sido submetida a questionamentos e interrogações pelos policiais por cerca de 20 minutos. Testemunhas afirmaram que os agentes classificaram a atividade pedagógica como “ensino religioso” e inadequada, alegando que a criança estaria sendo exposta a uma religião diferente da sua.
A professora da unidade de ensino também registrou um boletim de ocorrência por ameaça contra o pai da estudante, recebendo orientação sobre o prazo legal para formalizar uma representação criminal.
Resposta das Secretarias e Manifestação da Comunidade
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Militar instaurou um procedimento para apurar a conduta dos policiais envolvidos. A Secretaria Municipal de Educação esclareceu que a atividade faz parte do currículo antirracista da rede municipal e cumpre as leis federais que tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena.
Em resposta ao ocorrido, a comunidade escolar e moradores da região organizaram um abaixo-assinado em apoio aos profissionais da Emei Antônio Bento, expressando “profunda preocupação e indignação” com a abordagem policial e pedindo a responsabilização do pai da aluna por danos materiais e pelo acionamento da PM, além de uma investigação sobre a conduta dos policiais.
Próximos Passos e Manifestação Pública
Uma manifestação em defesa da escola e das práticas de educação antirracista está marcada para o próximo dia 25. A Polícia Militar está analisando imagens de câmeras corporais dos agentes envolvidos na ocorrência.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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