Policiais militares serão julgados no RJ em relação a denúncias de fraude no caso Kathlen Romeu

Dois outros indivíduos serão responsáveis em julgamento popular pela morte da jovem.

05/08/2025 13h12

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Na terça-feira (5), serão julgados dois policiais militares acusados de falso testemunho e fraude processual no caso Kathlen Romeu. O crime ocorreu em julho de 2021, no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro. A designer foi morta com um tiro de fuzil quando estava grávida.

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Uma manifestação de amigos, familiares e movimentos de favela em oposição ao genocídio da juventude negra ocorre em antecipação ao julgamento dos policiais no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Uma auditoria militar, a partir das 13h, determinará se os acusados modificaram a cena do crime e forneceram depoimento falso. Os dois agentes não são responsabilizados pela morte da jovem.

O advogado Rodrigo Mondego, representante da família, espera a condenação, alegando que existem evidências materiais de que os agentes modificaram a cena do crime.

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A expectativa é pela condenação dos policiais, considerando que já foi comprovado que eles mentiram e cometeram fraude processual. Existe um vídeo que demonstra a coleta das balas do crime, as balas disparadas no dia do ocorrido, com o objetivo de descaracterizar o local do incidente. Um desses tiros atingiu Kathleen Romeu, conforme declarado pelo Mondego, da Comissão Popular de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio.

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Cinco policiais militares estão envolvidos na ação que resultou na morte de Kathlen e seu bebê. Desses, dois respondem por homicídio em outro processo em andamento. Na última atualização do caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro determinou que Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano serão julgados por júri popular pelo homicídio. A previsão é que o julgamento ocorra no final do ano.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar declarou que, a partir do ocorrido, presta total apoio às demandas do Judiciário referentes ao caso.

A busca por justiça.

Na data de 8 de junho, com o crime atingindo quatro anos, o pai de Kathlen, Luciano Gonçalves, publicou uma mensagem em homenagem à filha nas redes sociais. O dia foi marcado por uma cerimônia em memória da jovem e de seus filhos. Ele reiterou o esforço pela busca por justiça, acompanhado por outros familiares de vítimas da violência estatal.

“Meu amor, hoje a maior maneira de te honrar, te celebrar e te eternizar, foi me juntando a outras mães e marchando por justiça! Eu só queria chorar, mas você sussurra no meu ouvido e vou! Fui caminhar com aqueles que sabem o que é a dor de não ter um filho. Aqueles que sabem o que o Estado faz!”

Revisar o ocorrido.

Em 2021, a ação de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins, na zona norte, resultou na morte da jovem de 24 anos, designer de interiores Kathlen Romeu, que estava grávida de quatro meses.

Testemunhas relataram que os disparos foram iniciados pelos policiais.

Ela sofreu o incidente ao caminhar próximo ao local conhecido como Beco da 14. Kathlen havia se mudado da comunidade um mês antes, em razão do temor em relação à violência na região.

Fonte por: Brasil de Fato

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