Policial afirmou em áudio ter capacidade de matar para garantir a permanência de Bolsonaro no poder

“Quase matei muitas pessoas”, declarou Wladimir Matos Soares, que está detido desde novembro de 2024 e fazia parte de um grupo de seguidores de Bolsonaro.

15/05/2025 13h37

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal identificou em áudios do celular do policial Wladimir Matos Soares a existência de um grupo armado com o objetivo de defender Jair Bolsonaro (PL). O agente afirmou que esse grupo, do qual fazia parte, teria capacidade de prender ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e “matar meio mundo” se necessário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O agente foi detido em novembro de 2024, na operação Contragolpe, em colaboração com a equipe “kids pretos”, das Forças Especiais do Exército, sob a acusação de ter coordenado o planejamento do assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes. O objetivo seria uma tentativa de golpe de Estado para garantir a permanência de Jair Bolsonaro na Presidência.

Soares mantinha contato com a segurança de Lula, que era o candidato eleito na época em que o plano foi elaborado. Ele supostamente transmitiu informações confidenciais de um agente que fazia parte da segurança do presidente eleito durante a transição de governo.

LEIA TAMBÉM:

A TV Globo recebeu o conteúdo das mensagens apreendidas no celular do agente. Os áudios foram registrados de dezembro de 2022 a janeiro de 2023.

Em uma ocasião, o indivíduo afirmou integrar uma “equipe de operações especiais” que estava preparada para defender Jair Bolsonaro. Trata-se de um grupo armado com “poder de fogo elevado para impedir o avanço” de qualquer pessoa que se aproximasse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em um dos áudios, ele diz: “A gente ia com muita vontade. A gente ia empurrar meio mundo de gente, matar meio mundo de gente”.

O policial declarou que Bolsonaro “desistiu” ao não permitir que o grupo prendesse ministros do STF.

Estávamos preparados para isso, inclusive. Para efetuar o arresto de Alexandre de Moraes. Eu participaria da equipe e iria destrancar esse sujeito.

Estávamos prontos, contudo o presidente [Bolsonaro]… Esperávamos apenas a aprovação do presidente, um simples ato para que pudéssemos agir. Contudo, o presidente se manifestou contrariamente.

Soares declarou que Bolsonaro foi “traído” por generais do Exército que afirmaram não mais apoiá-lo. “Na realidade, o PT pagou para eles, comprou esses generais”, disse.

Fonte: Poder 360

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.