Policial civil é acusado de homicídio de assessor parlamentar no Rio de Janeiro
Raphael Pinto Ferreira Gedeão assassinou Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, disparando três tiros sem que houvesse qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima, em um ato de motivação banal.

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão pela morte do assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, ocorrida em 19 de janeiro, aos 46 anos.
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A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro foi aceita pela juíza Lúcia Glioche da 4ª Vara Criminal do Rio, sendo comunicada nesta terça-feira (6).
Raphael assassinou Marcelo com três tiros, por motivo fútil, sem que a vítima pudesse se defender, sendo atingida por disparos realizados a curta distância e pelas costas. O policial civil empregou uma arma de uso privativo em serviço.
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O crime aconteceu em frente a um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital. O assessor chegou e notou o veículo de Raphael parado na rampa de acesso ao estacionamento, obstruindo o tráfego.
Após uma breve discussão, o policial realizou os disparos. Segundo a denúncia, Raphael não prestou socorro, foi ao apartamento onde morava, trocou de roupa e saiu de carro, ainda arrebentando a cancela do estacionamento.
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A investigação da Polícia Civil havia concluído que o agente atuou em legítima defesa. A juíza, em sua decisão, afirmou que essa conclusão não está evidente e nem cabalmente revelada.
A análise das imagens coletadas no local, juntamente com o número de disparos realizados, levando em conta que o acusado é policial civil, e a ausência de comprovação do diáentre o acusado e a vítima, evidenciam a imputação feita na denúncia, explica a juíza.
O defensor de Raphael solicitou a revogação da prisão preventiva, pedido que foi indeferido pelo juiz. Ele se encontra detido desde o dia 21 de janeiro.
A juíza determinou que a manutenção da prisão é relevante para assegurar a ordem pública e para a conveniência da instrução criminal, considerando que todas as testemunhas envolvidas no processo residem ou trabalham no local do crime.
A primeira audiência de instrução e julgamento do processo será no dia 23 de junho, às 15h30. Raphael responderá pelo homicídio triplamente qualificado.
Relembre o caso
O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Um assessor parlamentar da vereadora Vera Lins (Progressistas) faleceu após uma discussão com o policial Raphael Gedeão.
Os familiares da vítima relataram, em depoimento à Polícia Civil, que ele retornava de uma loja em Madureira, zona norte do Rio, onde abastecia o estabelecimento após receber mercadorias.
Os bombeiros foram acionados às 3h da manhã no local e constataram que Marcelo estava morto.
Ele retornava ao Hotel Wyndham, onde permanecia hospedado com a família desde o Ano Novo. A DHC conduziu perícia no local e análise das imagens das câmeras de segurança da área.
A Polícia Civil reafirmou que não concorda com quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou abuso de autoridade praticados por seus servidores.
Fonte: CNN Brasil