Policial é alvo de crítica musical após exibição de gesto obsceno

Canção em protesto ao ministro se espalha no TikTok; letra menciona a Lei Magnitsky e afirma que Moraes é “assassino de jaleco”. Leia no Poder360.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes tornou-se alvo de uma crítica que se espalhou rapidamente no TikTok após exibir um gesto obsceno durante a partida entre Corinthians e Palmeiras na quarta-feira (30.jul.2025). Na ocasião, o magistrado mostrou o dedo do meio enquanto assistia ao jogo na Neo Química Arena, em São Paulo.

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O incidente ocorreu no mesmo dia em que Moraes foi sancionado pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que prevê sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos ou corrupção.

Na letra da música, divulgada pelo perfil criticanograve, o ministro é chamado de “carrasco de toga” e criticado por “falta de decoro”. Um dos trechos diz o seguinte: “Onde o decoro, excelência? Onde o respeito à audiência? Se fosse o [Jair] Bolsonaro, haveria impeachment em seguida. Mas quando é você, a imprensa vira paciência”.

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Escute a música rap (4min30s):

A foto do ministro exibe o sinal de mau humor pertence ao Estadão.

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Moraes no estádio.

O ministro do Supremo Tribunal Federal comparece a um jogo do Corinthians, sorri, acena e realiza um gesto obsceno no dia em que foi alvo de sanção dos Estados Unidos (via @EstadaoPolitica).

Confira > https://t.co/5hx4SmIZfi pic.twitter.com/JQNXk5KDoU

Estadão (@Estadao) 31 de julho de 2025

Ouça a letra do rap.

A democracia transformou-se em mera ilusão, senhor. O protagonista é o político em seu traje jurídico. Vamos revelar a realidade.

Vê o castelo desmoronar, ninguém impede essa queda. O homem da capa preta sente o peso da tragédia. Magnitsky chegou, não houve como escapar. Congela os bens, congela os sonhos de quem quis oprimir. Acreditou que seria aclamado no estádio, mas esqueceu que o povo não vive na bolha da rádio. Não lê Miriam Leitão, nem Cantanhede, irmão. Lê boleto, lê o preço do feijão.

Alimenta-se do aplauso da elite sórdida, mas no morro seu nome é conhecido na placa de zentão.

O Corinthians agiu com postura de superioridade, buscando respaldo. Saiu com gesto de desdém, com a autoestima abalada. Mão apontada em sinal de reprovação, sobre a ferida. O ministro do Supremo Tribunal Federal se perdeu na rua, acreditando ser rei, invadindo o espaço da torcida. A vaiada tornou-se o hino da justiça negligenciada. Mão no meio, mão no espelho: a imagem de um déspota com sede de conselho. Se o povo protesta, ele emite ordens, mas ontem quem gritou foi o eco do mérito.

A liberdade de expressão que você nega tornou-se sua defesa. Ao entregá-la, busca se posicionar como juiz e réu simultaneamente, mas ignora que a verdade não se encaixa em telas. O povo está cansado de dissimular. As contas não se conciliam. O medo não permite dissimulação. Bolsonaro na rua, multidão no ar. Você na varanda, ouvindo o som da rejeição.

Você disse: “Não quer ser criticado? Não entre na vida pública”. Mas parece que a crítica se tornou cláusula abusiva em sua justificativa de exceção. Você julga, persegue, condena com sua mão.

Considere, então, mil processos por ofensa moral. Cada torcedor ali te imputando o mesmo erro. Pelas suas próprias normas, isso se transforma em tribunal. E o povo se torna autor — você, réu principal.

Mão no meio, mão na ferida. O ministro do Supremo se perdeu na avenida. Acreditou ser rei, se envolveu na torcida. A vaias foram o hino da justiça esquecida. Mão no meio, mão no espelho: a imagem de um déspota com sede de conselho.

Se o povo protesta, ele demonstra desdém, mas ontem quem clamava era o reflexo da glória.

E aí? Vai abrir um evento para toda a arquibancada? Vai enviar a Polícia Federal à porta do povo brasileiro? O público o criticou com vaias e risos, mas você respondeu com indiferença, no auge do ressentimento.

Magnitsky não é meme, é o fim do glamour. A censura tem data para explodir como um tambor. Você subiu muito alto nessa arrogância vulgar, e agora cai com estilo, como um ditador no altar.

Se fodeu. Se fodeu.

Fonte por: Poder 360

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