Policial militar afirma que Naime desativou batalhão “de forma intencional”

Paulo José e Jorge Eduardo Naime, policiais militares acusados no caso do 8 de janeiro, apresentam versões distintas dos eventos que levaram à ocorrência.

06/05/2025 2h30

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(Imagem de reprodução da internet).

Na investigação que apura sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023, dois coronéis trocam acusações e apresentam relatos distintos sobre os dias que antecederam a data. Em petição recente apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Paulo José Bezerra acusou o também réu Jorge Eduardo Naime de “criar uma dissimulação” e do “esvaziamento proposital” do Departamento Operacional (DOP) da PMDF.

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O documento da defesa de Paulo José ainda afirma que Naime, então na condição de chefe do DOP, concedeu dispensa e férias a todos os coroneis operacionais do departamento na semana do dia 8/1. Os advogados ainda dizem que Naime determinou que Paulo José tirasse abono natalino e o estendesse até a primeira semana de janeiro de 2023.

Os advogados afirmam que Naime afastou os coronéis do DOP de maneira “deliberada” na semana dos atos antidemocráticos.

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Apesar da portaria da PMDF proibir férias e dispensas até o dia 9 de janeiro, o Coronel Naime concedeu férias ao Coronel Condi e dispensa ao Coronel Cleber Antunes, ambos da área operacional do DOP e com vasta experiência em operações e manifestações. Além disso, permitiu que quase todos os comandantes de batalhões subordinados ao 1º CPR (Comando de Policiamento Regional da área central de Brasília/Esplanada dos Ministérios) tirassem férias na primeira semana de janeiro de 2023, fato comprovável nos autos.

Julgamento no Supremo Tribunal Federal

A defesa requer que o STF examine a nulidade das provas obtidas no processo e na ação penal. “[Paulo José] não concordou ou transmitiu informação, atitude ou comportamento com a intenção de abalar o Estado Democrático ou com conotação golpista, assim como não participou da prática dos crimes cometidos por aqueles que danificaram e destruíram as sedes dos Poderes Públicos, conforme alega a denúncia, de maneira equivocada e sem qualquer evidência sólida.

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Após o término de suas férias até o dia 8 de janeiro de 2023, o acusado cumpriu com seu ofício, obrigações e responsabilidades que o cargo lhe exigia, cumprindo fielmente o regimento interno da PMDF e suas incumbências funcionais.

O pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo.

O que se afirma do outro lado.

A Metrópoles busca contato com a defesa de Naime. O espaço permanece aberto para manifestações.

Veja imagens de 8/1.

Fonte: Metrópoles

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