As polícias civis de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina atuaram nas ruas nesta quinta-feira (22.mai.2025) com 155 mandados judiciais contra suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada no “golpe do falso intermediário” e lavagem de dinheiro.
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A operação Broker Phantom resultou na execução de 78 mandados de busca e apreensão e na prisão de 77 indivíduos envolvidos no esquema. A ação também compreendeu o bloqueio de 1.776 contas bancárias e o sequestro de cerca de R$ 613 mil em quatro estados.
A investigação revelou que os criminosos operavam em plataformas de vendas online, simulando atuar como intermediários em transações de bens como veículos e imóveis. Eles estabeleciam perfis fraudulentos em sites de comércio eletrônico para desviar o dinheiro das operações.
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A Polícia Civil de Goiás realizou as primeiras investigações, contando com o apoio técnico do Laboratório Cibernético da Diretoria de Operações do MJSP para identificar os suspeitos.
Criminosos atuavam sobretudo no mercado de veículos usados. Reproduziam anúncios legítimos e se apresentavam como intermediários entre compradores e vendedores. Nas negociações, influenciando ambas as partes, levando-as a acreditar que estavam negociando diretamente, ao mesmo tempo em que desviavam o dinheiro para contas controladas pela organização.
A fraude gerou perdas de aproximadamente R$ 1,8 milhão, afetando dezenas de vítimas em várias regiões do país. A polícia informou que compradores e vendedores foram prejudicados pelo esquema.
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A organização criminosa possuía estrutura bem definida, com divisão clara de funções. Existiam integrantes responsáveis pela “engenharia social”, que manipulavam as vítimas durante as negociações, e outros que atuavam como operadores financeiros, encarregados de abrir e movimentar contas bancárias de fachada.
A investigação revelou que o grupo utilizou pelo menos 43 perfis falsos em plataformas de comércio eletrônico e divulgou 144 anúncios fraudulentos no período analisado.
As consequências do esquema ultrapassam as perdas financeiras diretas. Os investigadores indicam que as plataformas digitais e vendedores legítimos também sofrem com o impacto na sua reputação causado pela ação dos criminosos.
A análise financeira apontou a extensa rede de contas bancárias utilizadas e a movimentação ilícita de valores substanciais. As evidências reunidas confirmam os fortes indícios da prática criminosa reiterada perpetrada pelo grupo, afirmou Thiago César de Oliveira Silva, delegado de Polícia Civil de Goiás.
Fonte: Poder 360