Uma nova espécie de polvo foi identificada em uma expedição realizada no cânion de águas profundas da costa australiana. A informação foi divulgada em artigo publicado no Australian Journal of Taxonomy na data de 13.

O polvo recebeu o nome de Opisthoteuthis carnarvonensis, ou polvo-flapjack de Carnarvon, em referência ao local da sua descoberta. A pesquisa foi conduzida pelo navio de investigação (RV) Investigator, sob a liderança da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), agência científica nacional da Austrália.

O RV Investigator embarcou em uma expedição de um mês para investigar os habitats pouco explorados e a biodiversidade do fundo marinho dos Parques Marinhos Gascoyne e Carnarvon Canyon, na Austrália Ocidental.

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Os pesquisadores, durante a expedição, empregaram câmeras, redes e trenós de alta tecnologia para obter amostras e registrar imagens de profundidades de milhares de metros sob a superfície oceânica. A partir dessas investigações, diversos espécimes foram reunidos, que possivelmente representavam espécies inéditas para a ciência.

O polvo-flapjack de Carnarvon é caracterizado como um pequeno polvo gelatinoso de águas profundas que atinge aproximadamente quatro centímetros de diâmetro. No entanto, ainda há pouco conhecimento sobre sua ecologia e hábitos de vida. Os exemplares utilizados para definir a nova espécie foram coletados em profundidades entre 1.044 e 1.510 metros, dentro e ao redor dos Parques Marinhos Carnarvon Canyon e Gascoyne.

Os polvos-flapjack são um tipo de cirrato, e existem, aproximadamente, 50 espécies descritas mundialmente – 15 delas registradas em águas australianas. Espécies de polvo-flapjack são conhecidas pela capacidade de achatarem o corpo no formato de uma panqueca (e essa é a origem de seu nome) ou de se erguer para parecer um pequeno guarda-chuva gelatinoso.

Esses animais apresentam olhos grandes, o que eleva a habilidade de perceber presas nos ambientes marinhos com pouca luz. Alimentam-se de vermes e crustáceos, empregando seus tentáculos para agarrar e ingerir suas presas.

Pesquisadores identificam comunidade de animais em profundidades oceânicas.

Fonte: CNN Brasil