Em temperaturas mais baixas, observa-se frequentemente um aumento da fome ou do desejo por alimentos mais calóricos ou doces. O incremento do apetite no outono e no inverno possui explicação e está relacionado à necessidade do organismo de obter maior energia para se manter aquecido.
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“Como nossa energia provém dos alimentos que consumimos, o próprio organismo dá sinais de forma para alimentos mais calóricos, a fim de aumentar o gasto calórico e, para aquecer o corpo”, explica Renato Lobo, médico pós-graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), à CNN.
Adicionalmente, há também uma razão comportamental para o aumento do apetite nos dias frios. Segundo a nutricionista Thainara Gottardi, as baixas temperaturas estimulam a procura por alimentos que causam uma sensação de “conforto” e “aconchego” no cérebro, promovendo uma maior sensação de bem-estar.
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A ausência de incidência solar e, por consequência, da absorção de vitamina D, aliada à diminuição do convívio social e redução da prática de atividade física, que também proporcionaria uma sensação de bem-estar, são causas pela busca de alimentos que gerem essa sensação, explica Gottardi.
Ademais, esses elementos podem desencadear comportamentos em indivíduos que enfrentam transtornos alimentares, como a compulsão.
Em inverno, os dias mais curtos e o maior tempo de solidão podem agravar os sintomas de transtornos de humor, e isso pode levar ao aumento do apetite, afirma a nutricionista. Pessoas que já têm histórico de descontar emoções como tristeza, solidão, estresse, por meio da alimentação, podem repetir esse comportamento, ativando os gatilhos, completa.
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Como ajustar a alimentação nos dias mais frios?
É importante cuidar da alimentação e fazer escolhas saudáveis, independentemente da época do ano, não apenas por motivos estéticos, mas também para o bom funcionamento do corpo e prevenção de doenças.
É preferível optar por escolhas nutritivas, quentes e equilibradas, contendo vegetais, leguminosas e fibras, além de proteínas de baixo teor calórico, como carnes e ovos. Mesmo em momentos de menor sede, não negligencie a hidratação, segundo Lobo.
É importante priorizar refeições completas e evitar pular os três principais da dieta, como café da manhã, almoço e jantar. “Em todas elas, inclua boas fontes de fibras: folhas e legumes, sementes de chia, linhaça, gergelim, girassol, psyllium, aveia em flocos, cereais integrais, frutas com casca”, orienta Gottardi.
A nutricionista também recomenda fracionar o consumo de proteína em pelo menos quatro refeições diárias, com o objetivo de permanecer mais saciado e evitar gatilhos da chamada “fome emocional”. Inclua no seu dia boas fontes como carnes magras, ovos, Whey Protein, iogurte natural, queijo branco, proteínas vegetais como feijão, grão-de-bico, lentilha.
É importante incluir fontes de gorduras saudáveis nas refeições, pois elas promovem a digestão lenta e contribuem para o bem-estar físico e emocional, conforme a especialista aponta. Boas opções são castanhas, abacate, coco e azeite de oliva.
Sopas e caldos são opções adequadas para o clima frio.
Em locais mais frios, alimentos e bebidas quentes se destacam. No que se refere a sopas e caldos, é interessante adicionar ingredientes de qualidade para torná-los mais nutritivos.
Para completar o prato, adicione maior variedade de legumes e vegetais assados ou cozidos, uma fonte de proteína magra, como frango ou carne, e azeite, que é uma fonte de gordura saudável, assim como as oleaginosas, como nozes picadas. Lobo sugere que os croutons podem ser uma opção para finalizar o prato.
Diversos temperos, além de intensificar o sabor, também fornecem benefícios nutricionais, incluindo a cúrcuma, o gengibre, a sálvia, a pimenta, a salsinha, o alho-por-óleo, o coentro e a cebolinha.
A cúrcuma pode proteger o cérebro e o intestino; compreenda como.
Fonte por: CNN Brasil