Porta da estação de metrô onde homem morreu esmagado em SP

Apesar de todos os sinais visuais e sonoros, a vítima tentou acessar o vagão e ficou presa na fresta entre a porta do trem e a plataforma.

07/05/2025 9h10

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Na terça-feira (6), um homem faleceu após ter sido esmagado entre um trem e a plataforma da Estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás do Metrô, operada pela ViaMobilidade. O indivíduo foi atingido pelo veículo após o incidente.

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Quem era o passageiro que faleceu após ser esmagado no metrô de SP?

Após todos os alarmes visuais e sonoros, a vítima do acidente tentou entrar no vagão e ficou presa no espaço entre as portas do trem e da plataforma.

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As portas contam a presença de obstruções, porém essa função impede que os trens seccionem com as portas abertas. Não existem sensores entre o espaço da plataforma e a porta do trem.

A Linha 5-Lilás utiliza um sistema de sensores de obstrução de portas, empregado nacional e internacionalmente, para evitar que os trens saiam com as portas abertas. No caso em questão, apesar dos alarmes visuais e sonoros, o passageiro se posicionou no espaço entre o trem e a plataforma, onde não há sensores. Considerando que tanto as portas de plataforma quanto as do vagão estavam fechadas, o trem partiu.

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As operações da Linha Lilás foram interrompidas no período entre as 8h06 e as 8h30, retomando o serviço posteriormente.

Como funcionam as portas de plataforma?

A Linha 5-Lilás possui portas de plataforma em todas as suas estações desde 2022, buscando aumentar a segurança. A Linha 4-Amarela, também operada pela ViaMobilidade, utiliza o mesmo sistema de segurança, assim como a Linha 15-Prata (monotrilho).

As portas operam por meio de um sistema denominado Plataform Screen Door (PSD), que impede a queda de passageiros ou objetos entre a plataforma e a via, através da instalação de portas automáticas sincronizadas com a abertura e o fechamento dos vagões.

A ViaMobilidade informa que a Linha Lilás possui 1.248 portas, com 262 mil ciclos de abertura e fechamento diários.

Na fase de contratação do sistema de segurança, a fornecedora Bombardier sofreu atrasos e foi multada em mais de R$ 50 milhões.

Além dos vagões Lilás e Amarelo, algumas estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha também contam com portas de segurança. Em 2019, o governo de São Paulo declarou que esses equipamentos de segurança possibilitam “a redução do número de interferências na via, aumentando a regularidade da circulação dos trens e a segurança dos usuários”.

De acordo com o contrato, as portas nas linhas Azul, Verde e Vermelha devem apresentar 2,10 metros de altura, sensor de presença de pessoas no vão entre os trens e transparência mínima de 70% nas áreas das fachadas.

Em fevereiro deste ano, as portas de plataforma foram instaladas na Sé, uma das estações mais movimentadas da capital. Outras grandes estações como Palmeiras-Barra Funda, Corinthians-Itaquera e Tamanduateí já possuem o sistema de segurança.

O engenheiro civil e especialista em segurança no transporte viário, Antônio Clóvis Ferraz, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), declarou ao Estadão que o uso de portas automáticas em plataformas é seguro e reduz, em geral, o número de acidentes.

É bastante seguro, de modo que, nos países que já o utilizam, o número de acidentes graves tem sido significativamente menor. No entanto, nenhum dispositivo é totalmente seguro. A automação parte do pressuposto de que o risco é muito pequeno, mas ele existe.

A grande concentração em plataformas e trens contribui para uma diminuição da segurança. “Isso é um problema presente em grandes metrópoles globalmente”, afirmou ele.

Fonte: CNN Brasil

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