Povos Extrativistas Marcham em Belém Exigindo Direitos e Soluções Climáticas

Centenas de extrativistas em Belém marcham por direitos! Lideranças de diversos biomas exigem proteção de territórios e papel crucial das reservas. O evento “Porongaço dos Povos da Floresta” contou com a presença de Joaquim Belo, que atua nas negociações climáticas

14/11/2025 7:44

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Povos Extrativistas Marcham em Belém Exigindo Direitos e Soluções Climáticas
(Imagem de reprodução da internet).

Marcha em Belém Defende Direitos de Povos Extrativistas

Centenas de lideranças extrativistas de diversos biomas brasileiros se reuniram em Belém, na tarde de quinta-feira (13), em uma marcha que reivindicava a proteção de seus territórios e o papel fundamental das reservas de uso sustentável no equilíbrio ecológico e na prestação de serviços ambientais essenciais para enfrentar as mudanças climáticas globais.

O evento, chamado “Porongaço dos Povos da Floresta”, reuniu seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, pescadores artesanais e outras comunidades tradicionais, demonstrando a importância de seus conhecimentos e práticas para a conservação da natureza.

Origens do Movimento

A luta por direitos territoriais tem raízes no trabalho de Chico Mendes, líder seringueiro do Acre, que nos anos 70, nos seringais, deu voz e articulação política aos extrativistas da floresta, enfrentando a violência, a grilagem e a destruição ambiental.

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O movimento, impulsionado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), desde 1985, tem sido um importante instrumento de defesa dos direitos desses povos.

Papel das Reservas e Projetos Agroextrativistas

Segundo dados do CNS, as reservas e projetos de assentamento agroextrativistas protegem mais de 42 milhões de hectares de florestas e rios, utilizando o uso sustentável da floresta, que representa 5% do território nacional. Essas áreas armazenam aproximadamente 25,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a cerca de 11 anos das emissões totais do Brasil.

O CO2 é o principal gás causador do aquecimento global, proveniente da queima de combustíveis fósseis.

Participação nas Negociações Climáticas

As comunidades extrativistas brasileiras estão sendo representadas por um enviado especial, o líder extrativista Joaquim Belo, que tem atuado nos processos de negociação para garantir que os serviços ecossistêmicos prestados por essas populações sejam incluídos como metas de mitigação das mudanças climáticas.

Eles entendem que são a solução para diversos problemas relacionados às mudanças climáticas, devido ao seu papel na conservação da floresta e na sequestro de carbono.

Demandas do CNS

Durante a marcha, um documento do CNS foi entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O documento contava com uma série de demandas, incluindo o reconhecimento formal das reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e demais territórios tradicionais na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira e nos tratados climáticos nacionais e internacionais.

Além disso, o CNS reivindicava investimentos consistentes e permanentes em proteção territorial, apoio à gestão comunitária, fortalecimento da vigilância territorial e ampliação de incentivos a práticas sustentáveis de uso da floresta.

Conclusão

A marcha em Belém evidenciou a importância dos povos extrativistas na luta contra as mudanças climáticas, destacando seus conhecimentos tradicionais e seu papel fundamental na proteção da floresta e na busca por um futuro mais sustentável.

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