O pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe, baleado na semana passada em um evento público, submeteu-se a uma cirurgia de emergência nesta segunda-feira (16) devido a uma “hemorragia intracerebral aguda”, informou a clínica que o assiste. O senador da oposição, de 39 anos, foi internado em um centro médico em 7 de junho com três ferimentos de bala, dois na cabeça e um na perna. Desde então, passou por duas cirurgias, segundo os médicos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A clínica comunicou na segunda-feira que Uribe necessitou de “uma intervenção neurocirúrgica urgente devido a sinais clínicos e de imagem de uma hemorragia intracerebral aguda”. A família detalhou em comunicado que a causa foi um “pequeno sangramento” resultante da cirurgia anterior.
O líder de direita encontra-se em estado crítico desde sua hospitalização, com prognóstico reservado. Na quarta-feira, foram observados os primeiros sinais de melhora. Um adolescente de 15 anos está preso, acusado de ser o autor do atentado, além de outros dois suspeitos de participação. Todos foram indiciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. Nenhum deles confessou as acusações.
LEIA TAMBÉM!
Milhares de pessoas marcharam em Bogotá e outras cidades do país para condenar a violência após o atentado contra Uribe. O ataque, que visava o homicídio, recorda os piores períodos do tráfico de drogas nas décadas de 1980 e 1990, durante o governo de Pablo Escobar, quando quatro candidatos à presidência foram assassinados.
As autoridades investigam os responsáveis pelo ataque. O presidente Gustavo Petro cita como suspeitos dissidentes da ex-guerrilha Farc, que não seguiram o acordo de paz de 2016. Os rebeldes negaram sua responsabilidade em um comunicado na semana passada.
O presidente também aponta para um suposto cartel de traficantes colombianos e estrangeiros com base em Dubai. O advogado de Uribe, Vítor Mosquera, disse à AFP que o andamento da investigação demonstra que o ataque foi realizado por uma “organização estruturada” com “histórico de ataques a líderes de direita”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Não se trata de qualquer grupo criminoso, mas de uma organização criminosa com poder econômico, disse ele, sem fornecer mais detalhes para não comprometer a investigação. Uribe critica a venda e o uso de drogas e algumas de suas propostas se concentram no combate aos traficantes nas cidades.
Fonte por: Jovem Pan