Prefeito de Sorocaba é acusado de suspeita de superfaturamento em compra de lousas digitais

O município administrado por Rodrigo Manga (Republicanos) pagou, pelo mesmo produto, 56% mais caro do que outra Prefeitura da região.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público e tornou o prefeito de Socorro, Rodrigo Manga (Republicanos), réu por improbidade administrativa em ação que apura suspeitas de superfaturamento na compra de lousas digitais. O ex-secretário de Educação do município, Marcio Carrara, também é alvo da decisão, assinada na segunda-feira 12.

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Os promotores do Ministério Público de São Paulo também solicitaram o bloqueio dos bens do prefeito e de Carrara, além do afastamento do ex-secretário da função de chefe de gabinete na secretaria municipal de Relações Institucionais, mas o juiz Alexandre de Mello Guerra indeferiu as solicitações por ausência de provas.

A ação contra Manga refere-se à compra de 1.188 lousas digitais em 2021, durante o primeiro mandato do prefeito. O documento, com base em auditoria do Tribunal de Contas do Estado, aponta que, a cada R$4 gastos na aquisição do material, R$1 foi superfaturado. O contrato foi celebrado com a Educateca Serviços Educacionais por 46 milhões de reais.

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Uma das alegações da denúncia é que a prefeitura de Indaiatuba, na região de Campinas, também adquiriu as mesmas lousas em 2021, porém com preço significativamente menor. Enquanto em Sorocaba cada lousa custou 26 mil, a outra cidade pagou 16,7 mil, e o município administrado por Manga efetuou um pagamento 56% superior pelo mesmo produto, utilizando a mesma empresa.

O prefeito declarou que a CartaCapital recebeu a decisão com tranquilidade e que não existem provas da irregularidade apontada na ação do MP. Adicionalmente, manifestou satisfação com a negativa para bloquear seus bens, o que, em sua visão, demonstra sua inocência. A prefeitura de Sorocaba informou que ainda não foi notificada sobre o processo no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Em abril, a Manga foi alvo de operação da Polícia Federal sob suspeita de propina em esquema de desvio de dinheiro relacionado a um contrato com uma organização social que gerava Unidades de Atendimento Podres (UPAs) no município. As investigações indicam indícios de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie, pagamentos de boletos e transações imobiliárias.

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Fonte: Carta Capital

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