Prefeito de Sorocaba é indiciado em investigação por superfaturamento
Rodrigo Manga se defende de processo de improbidade em compra de equipamentos escolares, afirmando não ter cometido ilegalidades.

O Ministério Público de São Paulo indiciou o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), por suposto superfaturamento na compra de lousas digitais para escolas. A acusação foi confirmada na segunda-feira (12.mai.2025) pela Vara de Fazenda Pública da cidade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ex-secretário de Educação Márcio Carrara e a empresa Educateca também foram incluídos no mesmo processo. A ação judicial, apresentada pelo Ministério Público Estadual, tem como foco um contrato de R$ 46,9 milhões firmado em 2021, no primeiro mandato de Manga.
A Prefeitura de Sorocaba adquiriu 1.188 lousas digitais ao preço unitário de R$ 26.062. A acusação de superfaturamento se baseia na comparação com valores praticados em outro município paulista. Segundo os promotores, a cidade de Indaiatuba comprou lousas digitais idênticas, da mesma marca e modelo, por R$ 16.700 a unidade.
LEIA TAMBÉM:
● Polícia Federal efetuou o arresto de 35 indivíduos em operação relacionada a abuso sexual infantil
● Executivo federal revoga concessão de área da comunidade do Moinho
● Era o TH da Maré, líder do tráfico, assassinado pela Bope
Sorocaba aplicou um valor 56% superior. De acordo com o Ministério Público Estadual, essa diferença ocasionou um superfaturamento de mais de R$ 11 milhões no valor total do contrato. A ação dos promotores foi motivada por uma representação da vereadora Iara Bernardi (PT).
Ao Poder360, Manga, conhecido como prefeito tiktoker, negou ilegalidades. Afirmou que o caso tende a ser arquivado, pois o equipamento adquirido por Sorocaba difere do equipamento comprado por Indaiatuba.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em dezembro de 2024, o TCE emitiu parecer técnico que identificou uma possível incompatibilidade entre o preço praticado e o mercado na aquisição dos equipamentos educacionais.
O juiz Alexandre de Mello Guerra rejeitou as solicitações do Ministério Público para o bloqueio de ativos dos acusados e a remoção de Carrara, ex-secretário de Educação, de sua posição atual na chefia de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais e Metropolitanas.
Segundo o prefeito, as decisões judiciais que negaram seus pedidos constituem uma “vitória”, mesmo com a manutenção da ação judicial contra ele. Ele está envolvido em mais duas ações por improbidade administrativa. Uma investiga possível favorecimento em licitação de semáforos e a outra, suposto superfaturamento na compra de kits de robótica, com valor superior a R$ 20 milhões, o que resultou no bloqueio de seus bens.
O prefeito tiktoker também foi alvo em abril de uma operação da Polícia Federal por suspeita de desvios na saúde por meio de uma OS (Organização Social). “Acabam usando as instituições para tentar politicamente fazer oposição. Isso acontece em todos os cenários, né?”, declarou Manga.
Fonte: Poder 360