Prefeito de SP diz que se não fosse por ordem judicial, cabos poderiam ser colocados debaixo da terra
07/11/2023 às 3h00
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, na última segunda-feira (6), que, se não houvesse uma decisão judicial, a fiação na cidade poderia ser enterrada.
“As concessionárias conseguiram, na Justiça, derrubar a obrigatoriedade de enterrar a fiação. Se não houvesse essa decisão judicial, já estaríamos fazendo esse trabalho de aterramento”, disse Nunes.
“Uma das nossas ideias é usar recursos da Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública), cobrada na conta de luz do consumidor, para acelerar o aterramento dos fios nas áreas prioritárias”, prossegue.
De acordo com o prefeito, a capital paulista precisaria de R$ 20 bilhões para enterrar toda a rede elétrica. Ele também menciona que já foram enterrados cerca de 60 quilômetros de fios.
“Vamos retirar cerca de 300 postes da região central. O trabalho da prefeitura para melhorar atendimento da população continua”, cita.
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Uma ideia que temos é usar parte do dinheiro da Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública), presente na conta de luz do consumidor, para acelerar o processo de aterramento dos fios nas áreas mais importantes.
Problemas causados pela falta de energia elétrica estão afetando algumas pessoas.
Durante uma entrevista ao lado do governador Tarcísio de Freitas, na segunda-feira, Nunes afirmou que ainda há 185 mil imóveis sem energia. No total, são 300 mil imóveis no estado.
Depois de uma reunião para discutir o que fazer durante a crise, Tarcísio afirmou que a Enel vai voltar a fornecer energia elétrica na terça-feira (7), como prometido.
Segundo ele, a prioridade é o “restabelecimento da energia para as pessoas”.
Houve um problema no fornecimento de energia em São Paulo hoje, causando interrupções generalizadas na cidade.
No final de semana, um período de falta de energia afetou São Paulo, chegando a afetar 3,7 milhões de pessoas sem luz, de acordo com a Aneel.
A Enel recebeu uma notificação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) na segunda-feira (6). Segundo a empresa, foi a primeira vez que enfrentaram um evento climático dessa magnitude.
Pessoas que vivem no estado contaram sobre diferentes problemas desde o temporal, incluindo a perda de alimentos e as dificuldades para trabalhar.
Metade dos bares e restaurantes sofreram prejuízos leves ou moderados, segundo a Abrasel.