Presidência lança esboço de acordo na COP15: Li Shuo analisa “Mutirão Global”

Presidência lança esboço de acordo na COP15 com divergências em metas climáticas e financiamento. Acordo “Mutirão Global” busca cooperação internacional em Genebra

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(Imagem de reprodução da internet).

A quatro dias do término da Conferência das Partes (COP15), a Presidência Brasileira divulgou nesta terça-feira (18) um primeiro esboço de acordo entre os países participantes, que ainda enfrentam divergências significativas em temas chave como metas climáticas, financiamento e comércio internacional.

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“Este documento representa a confiança da Presidência Brasileira em alcançar um acordo”, declarou Li Shuo, especialista da Asia Society que acompanha as negociações em Genebra, conforme reportado pela AFP.

O texto, intitulado “Mutirão Global”, visa demonstrar que a cooperação internacional em relação às mudanças climáticas deve continuar avançando, mesmo em um cenário geopolítico complexo. Ainda com diversas alternativas, o documento passará por intensas edições antes de ser finalizado entre as quase 200 nações presentes na conferência que se encerra na sexta-feira (21).

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A Presidência anunciou na segunda-feira (17) que os negociadores trabalharão em regime de plantão para que um acordo sobre os pontos mais delicados seja aprovado em sessão plenária “até meados da semana”.

O documento de nove páginas reafirma o compromisso com o Acordo de Paris de 2015 e a adesão ao “multilateralismo”. Em relação à ambição climática, propõe a publicação anual de um relatório que sintetiza os compromissos dos países, em vez da periodicidade de cinco anos.

Diversos tópicos abordam a transição energética, um ponto de confronto entre países produtores de combustíveis fósseis e aqueles que defendem uma diretriz para o abandono dessas fontes. As propostas incluem a criação de uma “mesa redonda” de discussão, além de outras soluções.

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Uma das demandas das nações do Sul é o triplicar os financiamentos dos países ricos para auxiliar os países mais pobres na adaptação às mudanças climáticas até 2030 ou 2035. Outro ponto em discussão é a questão das medidas comerciais “unilaterais”, como o CBAM (Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras) da União Europeia, que tem sido criticado por países como a China.

Para tratar deste tema sensível, são apresentadas quatro opções, que vão desde a criação de uma “plataforma” de reflexão até a organização de uma cúpula sob a égide do Secretário-Geral da ONU.

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