Presidente da COP30 afirma que certos países manifestam interesse em sediar o evento em local diferente de Belém devido a custos excessivos

André Corrêa do Lago afirma que, em grande parte das cidades onde ocorrem as conferências, os hotéis elevam seus preços em duas ou três vezes.

31/07/2025 21h36

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(Imagem de reprodução da internet).

Na entrevista aos repórteres internacionais, o embaixador André Corrêa do Lago, designado para liderar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, afirmou que existe um esforço considerável do governo, sob a condução da Casa Civil, para persuadir os hotéis de Belém, no Pará, a reduzir os preços em até dez vezes acima do valor usual.

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Ele reconheceu que os hotéis costumam elevar os valores em todas as COPs já realizadas, porém em Belém se verifica um comportamento extortivo, o que levou alguns países a expressarem a possibilidade de não mais participarem.

Os hotéis das cidades onde as COPs ocorreram passaram a cobrar o dobro ou o triplo dos valores habituais. Em Belém, os hotéis estão cobrando mais de dez vezes os valores normais. Há uma sensação de revolta dos países por essa insensibilidade, principalmente dos países em desenvolvimento, que alegam não poder participar da COP devido aos preços excessivos e abusivos praticados.

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Os esforços seguem, porém, acredito, talvez, que os hotéis não estejam percebendo a crise que estão gerando e, realmente, isso se tornou, a partir do momento em que ficou público, com a declaração de um representante dos países africanos, em entrevista à Reuters, que os países estão pedindo para o Brasil cancelar a COP de Belém.

Rio 92

O embaixador destacou que a cúpula faz parte de um processo que iniciou em 1992, com a Rio-92, e que ocorre no momento em que são divulgadas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (em inglês, “Nationally Determined Contributions” – NDC) até 2035. “A Cúpula vai nos mostrar o quão perto ou longe estamos do limite de 1,5 ºC de aumento na temperatura global”.

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O lago ressaltou que a liderança do Brasil deve ser lembrada pela aplicação de soluções e tecnologias já existentes, a fim de promover um novo modelo econômico baseado em baixas emissões de carbono, e que a Iniciativa Climática para Óleo e Gás (OGCI) será convidada para os espaços de negociação, a denominada Zona Sul.

É necessário um volume significativamente maior de recursos para a transição energética e não há dúvidas de que esta é uma das ações para viabilizar os investimentos necessários nesses projetos, declarou a jornalistas. “A maneira como o mundo precisa lidar com os combustíveis fósseis é algo que deve ser tratado na COP30”, acrescentou.

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, afirmou que há o compromisso do setor de óleo e gás com o processo de descarbonizar suas atividades e investigar formas de financiamento da adição energética. “Não queremos estar fora dos debates”.

Na sua avaliação, a transição energética não pode ser mais um fator de desequilíbrio global e nem de expansão da pobreza energética. O mundo continuará aumentando seu consumo energético nos próximos anos e os combustíveis fósseis entregam um serviço importante para diversas economias, barato e seguro. É preciso pensar o uso dos combustíveis fósseis mais focado ao setor industrial, como o setor petroquímico e o de fertilizantes, por exemplo.

Com informações do Estadão Contido

Publicado por Nátaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

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