Presidente da Eletronuclear renunciará ao cargo

A saída de Lycurgo ocorre em decorrência de alterações na gestão e na situação de Angra 3; sucessão gera conflito entre técnico e nome político.

08/05/2025 22h47

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, tomou a decisão de deixar o cargo na estatal. A saída não será imediata e ocorrerá por meio de um processo de transição. Ele ocupa a posição desde dezembro de 2023.

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O nome mais indicado para a vaga é o de André Luiz Osório, que atualmente é chefe de gabinete de Lycurgo. Ele possui bom relacionamento com o MME (Ministério de Minas e Energia), onde já atuou como diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos. Também trabalhou na EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e conta com mais de duas décadas de experiência na área.

Sidnei Bispo, diretor administrativo da Eletronuclear, também é apontado como possível presidente da estatal. Bispo foi indicado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Contudo, encontra resistência interna. Em seu período de atuação interina, em janeiro de 2025, houve descontentamento com a equipe técnica e solicitações de demissão de gestores. Para o Poder360, funcionários questionam sua experiência no setor nuclear.

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Restrição.

A administração de Lycurgo foi caracterizada por políticas de ajuste fiscal. Em 2024, houve a implementação de um plano de cortes de gastos, o que gerou paralisações na usina nuclear de Angra dos Reis.

Ele também foi responsável pela assinatura do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2024–2026. O documento transformou o PDC (Programa de Desligamento Complementar), que previa a demissão compulsória de 90 aposentados, em um PDV (Programa de Desligamento Voluntário), após pressão dos sindicatos.

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A saída de Lycurgo da presidência se segue à aprovação de um acordo que remove do investimento da Eletrobras na conclusão da usina nuclear de Angra 3.

Uma pesquisa do BNDES apontou que R$ 23 bilhões seriam necessários para finalizar as construções da usina. Em caso de cancelamento do projeto, a desmobilização do canteiro de obras demandaria R$ 21 bilhões.

Fonte: Poder 360

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