Presidente da Guiana diz que não recusará conversas após mensagem de Maduro
09/12/2023 às 16h25
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, expressou sua opinião sobre a disputa territorial com a Venezuela por Essequibo. Ele adotou uma postura conciliatória, seguindo o mesmo rumo que Nicolás Maduro falou hoje cedo.
“Estamos empenhados em alcançar a paz nesta região. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) irá resolver a disputa na fronteira entre Guiana e Venezuela. Somos firmes nesse assunto e respeitamos o direito internacional”, disse Ali em sua conta no X (antigo Twitter).
O mandatário prosseguiu, ressaltando que a Guiana não tem “oposição a conversas e reuniões como pessoas responsáveis e como país”.
Maduro fala em “paz e entendimento” em manhã de conversa com Lula
Mais cedo, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou querer paz e entendimento ao comentar o interesse de seu país em incorporar o território de Essequibo, que atualmente pertence à Guiana.
“O governo da Venezuela quer dialogar com a Guiana e a ExxonMobil para alcançarmos a paz e o entendimento. Esperamos que o acordo de Genebra seja respeitado. Vamos mostrar ao mundo a importância dessa conversa.” – Mensagem postada por Maduro em sua conta de mídia social neste sábado (9).
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Manhã de conversa com Lula
Nesta manhã, também foi confirmada uma conversa por telefone entre Maduro e Lula, de acordo com informações do governo brasileiro. Eles discutiram a situação tensa na região de Essequibo.
Na conversa, Lula transmitiu a preocupação do Brasil e outros países sul-americanos sobre o tema, e citou a declaração aprovada na Cúpula do Mercosul, assinada por por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile.
O governo federal afirmou que Lula mencionou a tradição de diálogo na América Latina, enfatizando que somos uma região pacífica. Lula também se posicionou contra medidas unilaterais que possam piorar a situação.
Estamos comprometidos com a paz nesta região. O ICJ (Tribunal Internacional de Justiça) irá resolver, de forma definitiva, a disputa nas fronteiras entre Guiana e Venezuela. Somos firmes nessa posição e no respeito ao direito internacional. Deixamos claro que não somos contra conversas e reuniões responsáveis.