Presidente do Corinthians nega renegociação do contrato de Depay, afirmando ser necessário “cortar na carne”

O presidente interino do Corinthians, Omar S’t’bile, realizou nesta segunda-feira (28) uma avaliação dos seus primeiros 60 dias de administração à frente do clube. Em coletiva de imprensa, ele assegurou que não existem planos para renegociar o contrato de Memphis Depay, o jogador estrangeiro que, em sua visão, mantém vínculo constante com a instituição, embora o valor contratual seja considerado alto.

O Corinthians não estuda, não tratou desse assunto até o momento. Se vazaram informações, elas não são verdadeiras. Tudo o que foi conversado com o atleta é que o contrato será mantido. Ele cumpriu a parte dele, o Corinthians cumpriu a sua, e ponto.

O jogador holandês havia informado o clube sobre débitos de aproximadamente R$ 6 milhões. De acordo com o dirigente, o valor está sendo quitado conforme um cronograma estabelecido entre as partes. “Realizamos o pagamento de salários, direitos de imagem e a premiação foi parcelada em três vezes. A primeira já foi quitada. Estamos em dia e vamos cumprir o restante”, declarou.

Apesar de ter alcançado receita superior a R$ 1 bilhão no último ano, o Corinthians tem dificuldades para equilibrar o fluxo de caixa, com uma dívida estimada em R$ 2,5 bilhões. Stábile revelou, por exemplo, um atraso de aproximadamente R$ 3 milhões referentes à premiação do Campeonato Brasileiro, além de valores pendentes com o futebol feminino, que também estão sendo pagos em parcelas.

O gestor reconheceu que a procura por jogadores adicionais persiste, porém a situação é delicada. “Estamos buscando alternativas interessantes e acessíveis no mercado, o que não é simples”, afirmou.

A Stábile avaliou positivamente o início de sua gestão e manifestou o desejo de permanecer no cargo, caso o afastamento de Augusto Melo seja confirmado na assembleia de acionistas agendada para 9 de agosto.

Estamos conduzindo o clube de forma autônoma, com método e disciplina. O Corinthians é um recipiente com inúmeras falhas, e estamos vedando essas brechas. Necessitamos de tempo. Não há redentor. Precisamos de auxílio. Teremos que realizar cortes. Mudanças devem ser implementadas,” concluiu.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Publicado por Nátaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan