Presidente do Louvre admite falhas na segurança após roubo: ‘Muito insuficiente’

Presidente do Louvre fala sobre roubo de joias

A presidente do Louvre, Laurence des Cars, afirmou nesta quarta-feira (22) que os alarmes funcionaram durante o roubo de oito joias. No entanto, ela reconheceu que o sistema de vigilância externa do museu é “muito insuficiente”, durante uma audiência no Senado. “As câmeras [de vigilância] funcionaram no interior”, disse ela.

Des Cars destacou que o sistema de videovigilância externa é “a nossa fraqueza”. Ela mencionou que existem algumas câmeras perimetrais, mas que estão obsoletas. “É muito insuficiente e não cobre claramente todas as fachadas do Louvre. Infelizmente, do lado da galeria Apolo, a única câmera instalada está orientada para o oeste”, o que não permitiu a cobertura da varanda acessada pelos ladrões.

Medidas de segurança após o incidente

Após o roubo, que teve grande repercussão mundial e levantou questões sobre a segurança nos museus da França, a presidente solicitou a instalação de “uma delegacia de polícia” dentro do prédio. “Quero solicitar ao Ministério do Interior que analise se seria possível instalar uma delegacia de polícia dentro do museu”, afirmou Des Cars.

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Ela também mencionou outras medidas “de curto prazo” que estão sendo consideradas, como a segurança das imediações do Louvre, especialmente na calçada. Des Cars, que se tornou a primeira mulher a dirigir o Louvre em 2021, apresentou sua demissão à ministra da Cultura, Rachida Dati, que a rejeitou.

Busca pelos criminosos

A polícia continua a busca pelo grupo de quatro criminosos que realizou o assalto, que durou apenas oito minutos. O incidente reacende o debate sobre as medidas de segurança do Louvre, que recebeu nove milhões de visitantes no ano passado, sendo 80% deles estrangeiros.