Presidente eleito da Bolívia destaca a importância da conciliação em seu governo

Rodrigo Paz faz apelo à união política na Bolívia

Rodrigo Paz, vencedor do segundo turno das eleições presidenciais da Bolívia, fez um apelo nesta segunda-feira (20) a todas as forças políticas do país para que se unam em busca de governabilidade. Ele destacou que não é hora de “mesquinhez” em relação à democracia. Um dia após sua vitória histórica, Paz concedeu uma entrevista coletiva em La Paz, acompanhado de seu vice, Edman Lara, e pediu aos líderes do Poder Legislativo que se unissem para “retomar a institucionalidade perdida”.

O candidato também convidou seu adversário no segundo turno, o ex-presidente conservador Jorge Tuto Quiroga, a se unir a ele. “Não podemos ser mesquinhos com nossa democracia, precisamos ter grandeza, a grandeza leva à não confrontação”, afirmou. Em relação às manifestações ocorridas no domingo contra os resultados eleitorais, Paz enfatizou que “o mandato do povo não é a confrontação nem a violência nas ruas”.

Transição de governo e prioridades

Paz reiterou que está estendendo a mão a todas as forças políticas. Sobre a transição do governo, ele revelou que já se comunicou com o presidente Luis Arce para coordenar a transferência de poder. O novo presidente mencionou que Arce está disposto a colaborar e que sua equipe de transição se reunirá com representantes dos ministérios da Presidência e das Relações Exteriores.

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O candidato do Partido Democrata Cristão (PDC) afirmou que seu “futuro governo” priorizará “a conciliação de visões e projetos e a urgência de levar o país adiante”. Apesar de ter a maioria de legisladores no Congresso, ele pretende priorizar a negociação com outros partidos políticos.

Resultados das eleições

Rodrigo Paz conquistou o segundo turno com 54,61% dos votos, enquanto Jorge Tuto Quiroga obteve 45,39%, segundo o Sistema de Resultados Eleitorais Preliminares (Sirepre), com 97,86% das cédulas contabilizadas. O órgão eleitoral informou que os resultados preliminares indicam “uma tendência” que “parece ser irreversível” e prevê concluir a contagem oficial entre quarta e quinta-feira.