O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), solicitou neste domingo (25.mai.2025) que a população vote nas eleições legislativas “pela paz e pela vida”.

O líder venezuelano afirmou, em declaração no canal estatal VTV, que o domingo de votação está “abençoado com eleições democráticas e livres”. Maduro também indicou que o pleito escolherá um governador para Essequibo, território rico em petróleo que pertence à Guiana.

O pedido do presidente da Venezuela ocorre em razão dos apelos da oposição para que a população não compareça às urnas. Os críticos do governo fizeram o pedido pela “fraude” eleitoral das eleições presidenciais de 2024, que deram vitória a Maduro contra o opositor Edmundo González Urrutia.

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O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez Gómez (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), também solicitou que os cidadãos votem e reiterou que “o povo elegerá seu governador para Essequibo”.

A baixa participação popular, somada à falta de legitimidade internacional, especialmente em relação às eleições no Essequibo, continuam a afetar o governo Maduro.

A Venezuela reivindica a região da Guiana como parte de seu território e afirma que o pleito de domingo elegerá o primeiro governador da “Guiana Essequibo”, denominação utilizada pelo governo venezuelano para seu “24º estado”.

Devido à sua localização no território da Guiana, a presença do governo Maduro em Essequibo com o objetivo de realizar eleições seria vista como uma invasão de território alheio.

Essa situação poderia resultar em um conflito armado entre os dois países, uma vez que o presidente da Guiana, Irfaan Ali (Partido Popular Progressista, esquerda), declarou que fará “tudo o possível” para garantir a defesa de Essequibo.

O governo venezuelano promove a eleição para governador em 12 locais de votação na província de Bolívar, no norte do país. As autoridades governamentais declararam que a cidade de Tumeremo, no município de Sifontes próxima à fronteira com a Guiana, será a capital provisória do novo estado.

Não se conhece como a Venezuela pretende estabelecer uma administração em Essequibo, considerando que o governo sequer conduziu eleições na própria região. Até o momento, nenhum país reconheceu a autoridade venezuelana sobre a área, que corresponde a aproximadamente 70% do território da Guiana.

Fonte: Poder 360