Um dos jogos inéditos apresentados na Summer Game Fest de 2025 foi Last Flag, título de lançamento da Night Street Games – estúdio de Mac e Dan Reynolds, da banda Imagine Dragons. Em busca de demonstrar que seu jogo vai além do burburinho gerado por seu sucesso musical, os Reynolds deram a Adrenaline a oportunidade de experimentar Last Flag antes de seu anúncio. Agora, compartilhamos nossas impressões.
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Last Flag é um PvP em que equipes de 5 jogadores se enfrentam em uma partida de captura de bandeira. Dada a popularidade desse modo em jogos de tiro competitivos, tornou-se uma mecânica central de um jogo completo.
Mac Reynolds afirma que a inspiração para o formato surge de uma sensação que jogos atuais não conseguem reproduzir, relacionada ao “rouba-bandeira” que ele praticava com seu irmão Dan na infância. “O ponto central da captura da bandeira é o esconde-esconde e foi aí que começamos essa jornada no design de jogos”, explica Mac. “Há algo mágico na liberdade de definir o campo de jogo a cada vez, e tudo o que construímos em cima disso foi para apoiar esse sentimento”.
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Primeiro a bandeira, depois as frags.
Nas minhas partidas com Last Flag, percebi que o propósito de transformar a captura da bandeira na mecânica principal do jogo foi bastante bem executado. Os jogos foram conduzidos por membros da equipe de desenvolvimento e assessoria, o que pode levar os jogadores a jogarem da forma planejada, porém o jogo realmente incentiva a busca pela bandeira.
“Hoje realizamos um jogo de tiro em equipe, mas tudo, desde os mapas amplos até as habilidades dos competidores, foi projetado para capturar a bandeira primeiro e atirar depois”, acrescentou Mac.
Com dez jogadores nos cenários amplos, é possível passar um bom tempo apenas procurando a bandeira sem que haja confrontos. O jogo apresenta mecânicas que fornecem dicas e auxiliam na redução das áreas de busca, resultando em um cenário interessante onde os dois times se concentram em encontrar as bandeiras dos oponentes.
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Atualmente, realizamos uma partida de tiro em equipe, onde, desde os mapas amplos até as habilidades dos participantes, o objetivo principal é capturar a bandeira e, em seguida, atirar.
Há um sistema de captura de áreas que pode desviar um pouco do objetivo principal, contudo, será interessante observar como os jogadores e as equipes se organizarão para buscar as vantagens sem perder de vista a busca pela bandeira adversária.
Um jogador de tiro em primeira pessoa em que atirar não é o foco principal.
Os personagens aderem à lógica estabelecida em “hero shooters”, principalmente após Overwatch. Há 10 disponíveis atualmente, com designs bastante caricatos e animações exageradas, que visam expressar personalidade em seus movimentos e comentários.
“Gostaríamos de ter personagens divertidos e interessantes que fossem identificáveis, mas, ao mesmo tempo, distintos entre si”, comentou Matthew Berger, diretor de jogos da Night Street Games. “Este foi um dos motivos pelos quais selecionamos os anos 1970 como cenário, pois nos permitiu oferecer aos nossos personagens um visual diferenciado e personalidades marcantes.”
A avaliação se os personagens de Last Flag são ou não interessantes depende da opinião individual de cada jogador. Considero que não há personagens particularmente memoráveis e é possível identificar muitos de seus aspectos visuais e comportamentos em outros jogos que buscam estéticas semelhantes.
Desejamos que haja uma combinação adequada de espaços que formem linhas de visão longas e curtas, gerando chances para cada tipo de concorrente se destacar ou enfrentar riscos.
Cada um dos personagens jogáveis apresenta um gameplay notavelmente distinto. Há especialistas em combate corpo a corpo, em longa distância, em suporte, e assim por diante. Os ataques especiais também são bastante diferentes, sendo a engenheira Camila particularmente divertida de jogar e, possivelmente, até um pouco exagerada.
Isso aumenta a pressão sobre nossos mapas; desejamos uma boa combinação de espaços que formem linhas de visão longas e curtas, possibilitando que cada tipo de competidor se destaque ou enfrente riscos, afirmou o diretor de jogos.
É importante ressaltar que Berger possui experiência anterior na Blizzard, com foco em Diablo. O time também inclui Jeremy Wood, que trabalhou em Overwatch, e o artista de personagens Olivier Couston, que atuou como designer em Apex Legends.
Last Flag chega primeiro ao PC, depois consoles
Last Flag será disponibilizado por “um bom preço” na Epic e na Steam em seu lançamento. A equipe já possui previsão para um port para os consoles, mas somente após o lançamento. Conforme se espera, o estúdio garante que o jogo não contará com “microtransações pay-to-win”.
Para essa linha de desenvolvimento, novos mapas e heróis também estão em estudo. A questão que se segue é: como a Night Street Games pretende que Last Flag vingue em um segmento que já “guilhotinou” tantos jogos recentemente?
Encontrei as poucas partidas que joguei bastante agradáveis, mesmo não sendo fã de jogos multiplayer. Contudo, no competitivo mercado de jogos como serviço (GAAS), ser divertido nem sempre é suficiente.
Acreditamos firmemente no estilo singular de jogabilidade de Last Flag.
Em relação a isso, Matthew Berger responde que: “Acreditamos firmemente no estilo de jogabilidade exclusivo de Last Flag. Resistimos fortemente à tentativa de ser como outros jogos, oferecendo algo diferente, algo que encontrasse seu público”. Agora, espera-se que esse público não esteja tão escondido quanto as bandeiras do jogo.
Fonte por: Adrenaline