Primeiro-ministro japonês manifesta “forte desapontamento” em relação às tarifas automotivas

O Japão manterá a pressão sobre o governo do presidente Trump para que revise suas tarifas.

04/05/2025 6h02

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(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, manifestou no sábado sua grande decepção com a nova taxa americana de 25% sobre peças automotivas que teve início no dia anterior.

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Ishiba declarou que o Japão continuará exercendo pressão sobre o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para revisar suas políticas tarifárias.

Na sexta-feira, o governo dos EUA aplicou uma nova taxa de 25% sobre componentes automotivos importados, como motores e transmissões, em mais um revés para a principal indústria automobilística do Japão, que já enfrentava a mesma tarifa sobre automóveis desde o início de abril.

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Ishiba também afirmou que o Japão está negociando com os Estados Unidos sobre “todas” as tarifas americanas, após informações de que o lado americano não estaria disposto a conceder isenções em impostos sobre produtos como automóveis e aço.

Os Estados Unidos informaram ao Japão que seu foco principal nas negociações seria em tarifas recíprocas, sem incluir impostos sobre automóveis, aço e alumínio, conforme relatado pela Kyodo News, citando fontes do governo japonês.

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O Japão não tem a intenção de assinar um acordo comercial com os EUA a menos que todas as suas tarifas sejam reavaliadas, afirmou o principal negociador Ryosei Akazawa no sábado, após retornar ao Japão das negociações de nível ministerial em Washington.

O ministro Akazawa afirmou aos repórteres que o Japão está buscando uma revisão das tarifas impostas pelos Estados Unidos e que isso só seria possível se fosse tratado em um pacote.

Segundo reportagem da Reuters, o Ministro das Finanças Kato Katsunobu afirmou que as participações do Japão em mais de um trilhão de títulos do Tesouro dos EUA são uma das ferramentas que o Japão pode utilizar em negociações comerciais com os EUA. Ele ressaltou que o Japão possui dívidas dos EUA não para apoiar os EUA, mas principalmente para assegurar liquidez necessária para uma intervenção no iene, quando necessário.

A Reuters notou que esta afirmação contrasta significativamente com as declarações de Kato no mês passado, quando ele rejeitou a utilização das participações do Japão em títulos do Tesouro dos EUA como instrumento de troca em negociações comerciais.

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Fonte: CNN Brasil

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