Um professor de 38 anos da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, foi preso temporariamente por suspeita de abuso sexual. A vítima é uma criança de 9 anos que frequenta uma escola municipal. A prisão aconteceu na última segunda-feira (30/10).
Ele foi detido na Secretaria Municipal da Educação. O suspeito dava aulas na Escola Municipal Doutor Hélio Rosa Baldy.
Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), além da menina de 9 anos, o professor também aliciava outras estudantes. Para isso, ainda de acordo com a polícia, ele presenteava as vítimas com equipamentos eletrônicos.
A investigação aponta que o suspeito havia instalado um jogo nesses equipamentos dados às vítimas. Ele mantinha conversas com elas por meio desses aparelhos.
O caso veio à tona após a criança de 9 anos relatar sobre a conduta do professor para a mãe, que procurou a Polícia Civil em seguida.
“Amor”
A justiça emitiu mandados para realizar busca e apreensão na escola onde o suspeito leciona, na Secretaria de Educação da cidade e na casa do professor, em Pilar do Sul, que fica a cerca de 50 quilômetros de Sorocaba.
O suspeito tinha em sua posse um cartão de memória, um pen drive, um celular e dois HDs externos, um deles com um adesivo com a palavra “amor”. No armário do professor da escola municipal, foi encontrado um estetoscópio, que é um equipamento médico utilizado para ouvir os batimentos cardíacos. Além disso, o professor tinha um notebook e uma CPU, que também foram apreendidos.
Não encontramos nenhum advogado até agora. Se você quiser se manifestar, ainda tem a oportunidade.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria da Educação de Sorocaba por meio da assessoria de imprensa, porém ainda não recebeu uma resposta até o momento.
A quantidade de estupros aumentou em Sorocaba.
Os estupros de vítimas vulneráveis representam 78% de todos os 1.129 abusos sexuais registrados em Sorocaba, nos três primeiros trimestres deste ano, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
As estatísticas oficiais ainda mostram aumento de 14% nos estupros em geral — comparando os 1.129 casos do mesmo período deste ano com os 984 ano passado — e de 11% nos abusos sexuais de vulneráveis, que saltaram de 795 para 884.