Profissionais com mais de 40 anos estão ganhando espaço e questionando os métodos de contratação das empresas

Pesquisa do Ipea aponta para o envelhecimento da força de trabalho, com grande parte das empresas ainda dando preferência a profissionais mais jovens.

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(Imagem de reprodução da internet).

A estrutura etária da força de trabalho no Brasil está em transformação.

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De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2040, 57% dos profissionais em atividade alcançarão a idade de mais de 45 anos.

Contudo, a maioria das empresas ainda concentra seus processos seletivos em candidatos mais jovens.

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Uma pesquisa da PwC Brasil em colaboração com a FGV EAESP revela que 72% dos gestores de grandes empresas dão preferência a candidatos com menos de 40 anos durante o processo seletivo.

Essa discrepância demanda uma análise nas estratégias de recrutamento e retenção.

A avaliação de profissionais com mais de 40 anos torna-se uma resposta prática às mudanças do mercado de trabalho e ao crescente aumento da expectativa de vida dos brasileiros.

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Empresas perdem o aproveitamento das competências de profissionais experientes.

Profissionais com mais de 40 anos oferecem uma mistura de experiência prática e estabilidade emocional.

Em posições de destaque, esse tipo de profissional contribui com avaliações mais atentas e decisões mais coerentes.

Adicionalmente, trabalhadores mais experientes frequentemente participam ativamente da integração de novos membros às equipes.

O contato entre diferentes gerações promove intercâmbios que reforçam a cultura da organização e incentivam a inovação.

A gerente de Recursos Humanos da Brasilata, Juliana Cordeiro, afirma que empresas que investem na inclusão de profissionais com mais de 40 anos criam ambientes mais diversos, equilibrados e preparados para o futuro.

Contratar pessoas com mais de 40 anos é uma estratégia de negócio.

Diante do avanço das transformações econômicas e tecnológicas, a composição de equipes com profissionais de diversas faixas etárias consolidou-se como estratégia para otimizar o desempenho em prazos curtos e longos.

Ao incluir profissionais com mais de 40 anos nas estratégias de crescimento, as empresas fortalecem sua capacidade de lidar com desafios e asseguram sua reputação no mercado.

De acordo com Juliana Cordeiro, a diversidade etária não deve ser encarada como uma exigência, mas sim como um recurso estratégico.

O envelhecimento impulsiona a inovação e a resiliência.

A diversidade de gerações em uma equipe afeta diretamente a produtividade.

Equipes com diversidade demonstram maior capacidade de adaptação a mudanças e de propor soluções mais viáveis.

A incorporação de profissionais experientes nos processos de tomada de decisão e nas atividades da empresa promove a cultura da escuta e do aprendizado contínuo.

Essa abordagem diminui ruídos de comunicação e aumenta a confiança interna.

Adicionalmente, o investimento em programas de capacitação e retenção de profissionais com mais de 40 anos fortalece as bases para a sustentabilidade das organizações.

Empresas necessitam modificar sua cultura organizacional.

O aumento da população idosa no Brasil apresenta novos desafios para o mercado de trabalho.

Contudo, também oferece chances para que as empresas criem políticas inclusivas e se tornem mais competitivas.

A implementação de programas específicos, como cotas raciais, mentoria inversa e programas de desenvolvimento de lideranças acima dos 40 anos, auxilia na diminuição do preconceito etário e na diversificação das habilidades disponíveis nas organizações.

Para Juliana Cordeiro, observar profissionais experientes significa reconhecer e valorizar o capital humano com experiência, o que se mostra essencial em um cenário de rápidas transformações.

Fonte: Carta Capital

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