Profissionais da educação manifestam-se em Brasília em defesa da valorização da carreira e contra a reversão de avanços

Trabalhadores exigem implementação do piso salarial, melhores condições de trabalho e buscam impedir a reforma administrativa.

06/08/2025 13h07

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(Imagem de reprodução da internet).

Em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, trabalhadores da educação de diversas regiões do país se reuniram nesta quarta-feira (6) no Ato Nacional dos Profissionais da Educação. A manifestação, que começou às 10h, visa a valorização da categoria e a defesa dos serviços públicos frente às ameaças decorrentes de projetos de lei em discussão no Congresso.

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“Nós estamos aqui em novembro, nesta data do Dia Nacional das Profissionais e dos Profissionais da Educação, em razão de uma conquista relevante da nossa categoria”, recordou Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), durante entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

Entre as demandas do ato, destacam-se a aplicação do piso salarial dos profissionais da educação, a aprovação do piso para os funcionários da escola e melhores condições de trabalho. “As conquistas que nós tivemos nas legislações precisam ser efetivadas. E é por isso que estamos aqui reclamando”, aponta.

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Os profissionais também manifestam sua oposição à nova reforma administrativa, que inclui a expansão de vínculos precários, contratação sem concurso público, flexibilização da estabilidade e aumento das terceirizações, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66, que põe em risco a aposentadoria dos professores ao impor limites ao pagamento de precatórios (dívidas do governo reconhecidas por decisão judicial) por estados e municípios.

Para Araújo, a proposta de reforma administrativa representa um ataque direto aos servidores. “Vai fazer com que o município, o estado, pese a mão contra os servidores e as servidoras públicas, retirando direitos fundamentais e, consequentemente, afetando o atendimento aos trabalhadores e às trabalhadoras públicas da educação”.

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Falta de estrutura e formação à distância.

Heleno Araújo também aponta a ausência de estrutura nas escolas e os impactos do uso precário da tecnologia. “Temos mais de 76% das escolas que não possuem biblioteca”, afirma. Ele denuncia que a inteligência artificial está sendo utilizada para tentar substituir a nossa profissão.

O presidente da CNTE também critica o modelo de aulas a distância, que tem se tornado dominante, principalmente em instituições privadas. “A nossa profissão exige olho no olho. […]. Muitas vezes, [o ensino a distância] é usado só para o setor privado ganhar dinheiro e não fazer uma boa formação”, lamenta.

A pressão no Congresso.

Os manifestantes preveem a entrega da reivindicação da categoria ao Ministério da Educação e, posteriormente, realizarão visitas aos escritórios dos parlamentares no Congresso Nacional com o objetivo de pressionar contra alterações contrárias e assegurar a aplicação das leis já aprovadas.

“O mais importante é que seja aplicada a lei pelos estados, pelos municípios e pelo Distrito Federal, porque a lei existe e não tem a aplicação adequada das leis”, explica Araújo.

Para audir e visualizar.

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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