Propôs-se que as alterações implementadas no Novo Mercado da B3 não apresentaram resultados positivos, segundo um especialista

Bernardo Macedo manifesta preocupação em relação à execução das transformações.

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(Imagem de reprodução da internet).

A B3, bolsa de valores brasileira, anunciou na terça-feira (1º) que as empresas listadas no Novo Mercado recusaram a proposta de alterações no regulamento do segmento especial. A decisão suscita dúvidas sobre o processo de consulta e as consequências para o mercado de capitais no país.

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Conforme os dados apresentados, 39% das empresas do Novo Mercado, correspondendo a 74 das 152 companhias envolvidas na pesquisa, recusaram integralmente todas as sugestões formuladas.

Bernardo Macedo, sócio-diretor da consultoria LCA, ressalta que a rejeição não implica necessariamente uma oposição ao Novo Mercado, representando, em vez disso, uma preocupação com o processo de implementação das mudanças.

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“Acredito que o momento é de buscar diálogo”, afirmou Macedo, indicando que as empresas querem debater com mais profundidade as mudanças propostas.

Apesar das controvérsias recentes, o especialista considera que o mercado de capitais brasileiro não incorre em dívidas em comparação com outros países semelhantes.

Contudo, ressalta-se a relevância do desenvolvimento contínuo e do diálogo entre os envolvidos para assegurar a competitividade e o interesse do mercado.

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A discussão sobre as alterações no Novo Mercado se dá em um momento em que o mercado de capitais brasileiro apresenta desafios consideráveis. O último IPO na B3 foi realizado em 2021, e recentemente a Carrefour Brasil anunciou o encerramento de seu capital.

A sugestão de “Evolução do Regulamento do Novo Mercado” da B3 incluía alterações nas normas referentes à liquidez dos segmentos específicos. Entre os pontos analisados, a Bolsa ressaltava os seguintes:

Macedo destaca que, além das questões regulatórias, o ambiente macroeconômico, notadamente a política monetária e as elevadas taxas de juros, exerce um impacto considerável nas decisões das empresas. “Não existe norma de governança que seja capaz de competir em vantagem com a política monetária”, declara.

Havia entre as alterações propostas o incremento no percentual de participação de conselheiros independentes, passando de 20% para 30%.

Apesar dessa modificação poder parecer vantajosa para a governança corporativa, Macedo argumenta que não existe uma correlação direta entre o aumento de conselheiros independentes e o melhor desempenho das empresas.

O Novo Mercado conta com 190 empresas, considerado um segmento de destaque no mercado de ações do Brasil, que exige padrões de governança mais elevados.

Publicado por João Nakamura, da CNN, em São Paulo.

Executivos-chefe recebem aproximadamente o dobro da remuneração dos demais colaboradores em empresas.

Fonte por: CNN Brasil

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