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Psicólogos e segurança privada estão retornando à Escola Sapopemba para o recomeço das aulas


Psicólogos e segurança privada estão retornando à Escola Sapopemba para o recomeço das aulas
(Foto Reprodução da Internet)

São Paulo – As aulas na Escola Estadual Sapopemba serão retomadas na próxima segunda-feira (6/10) depois de duas semanas suspensas por causa do ataque a tiros que deixou uma estudante morta e outras duas baleadas em 23 de outubro.

A retomada das atividades no local contará um plantão de psicólogos do programa Psicólogos nas Escolas e do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) da Secretaria da Justiça e Cidadania, além de outros profissionais que vão oferecer atendimentos individuais e coletivos à comunidade escolar.

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A Secretaria Estadual da Educação planeja realizar rodas de conversa e apresentações de dança, teatro e música. Para isso, contará com o apoio dos profissionais do programa Conviva, que busca melhorar a convivência escolar. Alunos de escolas parceiras também participarão das atividades.

A pasta disse que a escola foi melhorada para criar um ambiente mais acolhedor. Houve reparos, pinturas, reforma da quadra, adição de novos portões e paisagismo. As melhorias foram financiadas pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) por R$ 900 mil.

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Nesta quarta-feira (1º/11), a gestão da escola enviou um comunicado aos pais dos alunos avisando que eles receberão detalhes sobre o cronograma de aulas e as atividades de acolhimento nesta sexta-feira (3/11).

Um segurança privado vai começar a trabalhar na localidade na próxima segunda-feira. Ele foi contratado pela gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para reforçar a segurança na rede pública após o trágico incidente na Escola Estadual Thomazia Montoro no início deste ano, no qual uma aluna matou a professora Elizabeth Tenreiro.

Como mostrou o Metrópoles, os seguranças terão que trabalhar armados com cassetete, mas não precisaram comprovar treinamento específico para atuar em ambiente escolar.

Petição online.

A volta às aulas têm sido vista com receio pelos alunos da Escola Estadual Sapopemba. Os alunos chegaram a organizar um abaixo-assinado reivindicando aulas online até o final do ano letivo. O documento conta com apoio de pais e responsáveis e recebeu mais de 11 mil assinaturas.

“Queria conseguir terminar a escola de um jeito decente, mesmo que seja pelo método EAD”, afirmou uma aluna no site em que o abaixo-assinado foi publicado.

“Vou passar cinco horas na sala de aula, cheio de medo e angústia, esperando os tiros. Os sons de tiros ficam repetindo na minha cabeça. Só penso em correr e não parar, para não morrer”, escreveu outro aluno.

Uma adolescente de 17 anos chamada Giovanna Bezerra da Silva foi morta por um tiro na nuca enquanto se preparava para descer uma escada. Além dela, outras duas estudantes foram atingidas por disparos e um outro jovem se machucou ao cair ao tentar fugir.

“Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair. Saímos correndo, batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, contou um dos alunos da escola em entrevista ao Metrópoles.

O governo de São Paulo expressou tristeza pelo acontecimento e ofereceu apoio às famílias das vítimas. Eles estão focados em ajudar as vítimas e oferecer suporte emocional aos alunos, professores e familiares.


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