PT rejeita alterar gastos sociais para compensar IOF
Deputados manifestaram ao governo insatisfação com propostas que podem impactar temas de interesse da esquerda em um ano eleitoral.

Os deputados do PT buscaram, por meio do governo, expressar sua insatisfação em relação a algumas das propostas que visavam compensar um revés no aumento das alíquotas do IOF. A bancada se opõe a alterações em gastos sociais, incluindo a desvinculação do salário mínimo do BPC e a revisão dos pisos da saúde e da educação.
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As duas medidas, propostas pela liderança da Câmara, são alternativas ao IOF e ainda estão sendo avaliadas pelo governo. Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que o petista não tomou uma decisão sobre as propostas, nem as rejeitou.
Deputados ouvidos pelo Poder360 avaliam que os temas são muito caros à esquerda e há dificuldade de se avançar nessas questões em um ano pré-eleitoral. Questionam qual será o discurso de Lula em sua campanha pela reeleição caso o governo apoie medidas que podem reduzir os recursos para saúde e educação.
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A separação dos gastos com saúde e educação, que possuem um percentual obrigatório na Constituição, é considerada parte fundamental para a recuperação das contas públicas a longo prazo.
A diminuição dos recursos enviados pela União ao Fundeb também é alvo de críticas, porém deverá enfrentar menor oposição por parte da base governamental.
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Os deputados do PT concordam com a restrição do percentual repassado, contanto que não ocorra a diminuição do valor atual. O investimento da União no Fundeb será de R$ 58,8 bilhões em 2025, representando um aumento de 18,3% em relação a 2024. A intenção é diminuir o ritmo desse crescimento.
A postura da bancada do PT sugere que o governo enfrentará obstáculos, mesmo contando com apoio na Câmara e no Senado, para que as propostas sejam encaminhadas e aprovadas, evitando que a responsabilidade recaia unicamente sobre o presidente Lula.
O governo pretende acelerar o desம்பargo de isenções fiscais, o que poderia proporcionar um alívio mais rápido para auxiliar nas dificuldades financeiras em 2025.
A concessão de todos os benefícios concedidos ao setor produtivo e empresários, ele afirma, torna-se muito difícil de revogar, com o objetivo de que sejam permanentes, conforme declarado em entrevista a jornalistas na terça-feira (3.jun.2025).
Durante as conversas com o governo, Motta propôs que tais ações sejam incorporadas à proposta de reforma administrativa. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) é o coordenador do grupo de trabalho que trata do assunto na Câmara.
Apesar de Pedro Paulo já ter manifestado o desejo de não utilizar a proposta para realizar um ajuste fiscal, petistas temem que haja pressão de partidos do Centrão nessa direção. Existe um receio, segundo os congressistas, de que a proposta de reforma do Estado se transforme em uma agenda liberal que possa afetar os trabalhadores.
Fonte por: Poder 360