Pulsatrix demonstra ambição com A.I.L.A na gamescom 2025
Estúdio explora o conteúdo de Fobia e expande as referências em A.I.L.A.

O estúdio brasileiro Pulsatrix participa da gamescom 2025 próximo à NVIDIA, que selecionou A.I.L.A como um dos games para rodar em suas RTX 50. Já percebemos que os visuais do jogo, desenvolvido em Unreal Engine 5, são um de seus grandes atrativos.
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Não todas os estúdios de desenvolvimento pequeno se aventuram em gráficos realistas em seus jogos, mas a Pulsatrix já o fazia com seu título anterior, Fobia: St. Dinfna Hotel, de 2022. Após o sucesso de seu primeiro jogo, o estúdio cresceu e está pronto para expandir sua ambição em A.I.L.A.
Thiago Silva, CEO da Pulsatrix e líder do projeto para o novo jogo, relata que a equipe evoluiu de um grupo de oito para 26 integrantes. A equipe também conta com o apoio da distribuidora Fireshine Games. Isso permite um desenvolvimento mais acelerado de A.I.L., superior ao de Fobia, e visa aumentar as expectativas do estúdio, que almeja um sucesso maior para seu novo jogo, inclusive com vendas no exterior.
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A.I.L.A pode ser testada na Gamescom.
Os visitantes da gamescom 2025 poderão vivenciar um segmento aprofundado de A.I.L.A. Eu e outros jornalistas tivemos acesso a uma versão expandida dessa apresentação, executando com seu aspecto visual mais completo.
Os gráficos realmente atraem a atenção. O jogo não é apenas bonito, mas possui uma ambientação muito bem trabalhada e rica em detalhes. Combinado a esses elementos, um excelente trabalho de som, o jogo ficou imersivo o suficiente para me fazer esquecer as dezenas de pessoas ao redor e as luzes coloridas do evento de games.
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Ao conversar com Thiago, ele detalhou que o jogo ocorre em uma simulação com uma inteligência artificial malévola, capaz de aprender os medos do protagonista e reproduzi-los em um ambiente virtual. O estúdio pretende explorar essa flexibilidade para apresentar diversos cenários, com alterações nas mecânicas que farão referência a outros jogos.
Na demonstração, não foi possível observar mais de um cenário, mas foi possível analisar diversos quebra-cabeças e entender como a Pulsatrix está utilizando o tema de mundo virtual para “brincar” com a percepção do jogador. O resultado é bastante eficaz.
O trecho de A.I.L.A que joguei merece elogios, pois, mesmo com o cenário se alterando e respondendo aos meus avanços, não foi confuso. Era possível manter uma ótima noção de qual versão do cenário eu estava utilizando, ao navegar pelos quebra-cabeças intuitivos e macabros.
Desafie a IA em 2025
Conforme minha conversa com Thiago, questionei sobre o impacto da popularidade das IAs generativas em A.I.L.A. O desenvolvedor explicou que o tema já era discutido anteriormente, mesmo antes do interesse público em massa, e que haverá referências ao seu uso no jogo.
A referência mais citada por ele para o novo título, contudo, foi a série Black Mirror. Possivelmente é algo mais evidente no desenvolvimento do jogo, pois na demo o legado de Resident Evil continua evidente e inegável no trabalho da Pulsatrix – e neste caso, isso é um elogio.
Finalmente, percebi que a I.A.L.A demonstra maior impacto quando o jogador ignora que o próprio personagem dentro do jogo se encontra em uma simulação. Certas situações de “mortes falsas” e transições com efeitos nulos, que lembram o Animus, prejudicaram um clima tão bem elaborado pela demo. Contudo, isso será facilmente compreendido se os diversos cenários apresentados pelo jogo justificarem o conjunto.
A desenvolvedora afirma estar na fase final do desenvolvimento do jogo, porém não forneceu uma data de lançamento mais precisa. O objetivo é concluir o jogo ainda em 2025.
Fonte: Adrenaline